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S.Bernardo amplia número de vagas para vítimas de abuso sexual
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
19/05/2005 | 07:48
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A Fundação Criança de São Bernardo e o Crami (Centro Regional de Atenção aos Maus-Tratos na Infância) anunciaram a ampliação do número de vagas para atender crianças e adolescentes vítimas de abusos sexuais. A nova fase do convênio prevê a abertura de 80 vagas para vítimas de exploração sexual. Nesta quarta, Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, começou a funcionar na cidade o disque-denúncia (0800-7737888).

Terça-feira, o Conselho Tutelar da cidade denunciou a falta de estrutura para trabalho no município. A informação é contestada pela Prefeitura, que garante ter profissionais suficientes para atender a 455 vítimas de abuso sexual, além das 80 de exploração sexual. A administração afirma que o disque-denúncia foi criado para facilitar o acesso da população aos serviços. “A aposta é abusar da divulgação dos meios disponíveis para combater as ocorrências”, afirma Marlene Zola, da Fundação Criança. No primeiro dia de funcionamento, o disque-denúncia não recebeu ligações.

A coordenadora técnica do Crami, Lígia Vezzaro, diz que o atendimento às vítimas de exploração sexual é fundamental para o trabalho de enfrentamento do abuso. “No ano passado, a cidade registrou 50 casos.”

A oficialização da comissão municipal de combate ao abuso sexual ocorreu nesta quarta. O grupo é constituído por representantes da Prefeitura, da sociedade civil e de outras entidades, co-mo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Umesp (Universidade Metodista de São Paulo) e Delegacia da Mulher da cidade.

Conscientização – Os bairros Jardim Jerusalém, Batistini, Silvina, Santa Cruz e Jardim Laura iniciam nesta qunta um programa de orientação à comunidade sobre abusos sexuais e prevenções. O programa será desenvolvido por jovens da Fundação Criança, que atuarão como multiplicadores. Como pagamento, os jovens receberão uma bolsa-auxílio.

“O objetivo do programa é conseguir uma mudança de atitude da população”, explica Marlene Zola. De acordo com a coordenadora da Comissão Municipal de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Carolina Klomfahs, empossada nesta quarta, é comum ver casos em que o abuso é denunciado muito tempo depois da agressão.

Lígia Vezzaro, do Crami, diz que o número de denúncias é crescente por conta da divulgação dos trabalhos e que, geralmente, o agressor é o pai.




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