O ano está no fim e os resultados econômicos do País são positivos. O emprego mostrou crescimento contínuo, a massa salarial aumentou e o crédito foi farto, facilitando a vida das pessoas na hora de comprar produtos e serviços. Porém, existe a preocupação por parte de algumas entidades e órgãos públicos sobre a organização financeira saudável dos consumidores. E em janeiro, a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) vai avaliar o resultado de projeto piloto implantado em 900 escolas durante o mês de agosto.
Cerca de 30 mil alunos que neste ano cursaram o 1º ano do Ensino Médio, serão avaliados por meio de questionários sobre seus conhecimentos financeiros. Metade do grupo de estudantes recebeu material didático introduzindo conceitos de educação financeira nas disciplinas Português, Sociologia e Matemática. E a outra metade não recebeu. "Vamos aplicar as questões e avaliar o resultado comparando entre quem teve o material e quem não teve", disse o gerente de certificação da Anbima, Ricardo Nardini.
A partir daí, Nardini explicou que será feito acompanhamento dos alunos, que estarão no 2º ano do Ensino Médio, para observar se realmente deu certo a introdução do material de educação financeira.
PROGRAMA - O projeto piloto faz parte da Enef (Estratégia Nacional de Educação Financeira). O programa conta com a participação da Anbima, da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - órgão que regula o mercado de capitais - , do BC (Banco Central), da Susep (Superintendência de Seguros Privados) e do Ministério da Previdência Social.
As instituições de ensino participantes são da rede pública dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Tocantins, Distrito Federal, Ceará e Minas Gerais.
De acordo com Nardini, a Anbima participou do grupo de apoio responsável pelo desenvolvimento do conteúdo aplicado em aula. E contribuiu financeiramente, junto à Febraban (Federação Brasileira de Bancos), para a produção do material fornecido nas escolas.
Durante a última apresentação de resultados de 2010, o presidente da Anbima, Marcelo Giufrida, afirmou que o próximo passo é introduzir os termos financeiros no Ensino Básico. O objetivo será contribuir para a formação de consumidores mais conscientes sobre o seu controle financeiro
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