Com apenas 1% das intenções de voto na pesquisa Ibope divulgada sexta-feira, o candidato do PSB ao governo do Estado, Paulo Skaf, não se abala e afirma que será a "zebra" desta eleição em São Paulo.
Em visita ao Diário, o presidente licenciado da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) apega-se na virada do médico Aidan Ravin (PTB), o ex-vereador que quebrou a hegemonia de 12 anos consecutivos do PT em Santo André e conquistou a cadeira de prefeito. "Deu zebra em Santo André e vai dar também no Estado com o Skaf", afirma com convicção, apesar do tom de brincadeira.
E Skaf prossegue na profecia comparativa ao prefeito eleito de Santo André. "As pessoas esperavam que ele (Aidan Ravin) ganharia as eleições?", questiona o candidato-empresário.
No pleito municipal de 2008, o chefe do Executivo de Santo André também aparecia atrás nas pesquisas, inclusive sem chances de disputar o segundo turno. Porém, o desejo do eleitorado de mudança foi registrado, oficialmente, nas urnas.
Trajetória de Aidan Ravin à parte, no entanto, o socialista terá de conquistar o eleitorado para evitar que o seu adversário do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin, ganhe ainda no primeiro turno, segundo apontam as pesquisas.
Em sua primeira disputa eleitoral, o empresário aponta como diferencial o fato de ser o único candidato novo. "Os demais que disputam o governo são políticos tradicionais e que estão há décadas na política", avalia, ao acrescentar que os problemas continuam os mesmos e sem solução.
E rebate as falsas promessas dos candidatos. "Comigo não tem enganação", garante o administrador por 12 anos à frente do sistema Fiesp/Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). Ele defende "modernidade política" e busca de eficiência na administração do serviço público. "Pretendo levar a visão da iniciativa privada para o setor público", afirma, com discurso de candidato eleito.
Embora critique discursos e defenda soluções, Skaf garante dar um basta nos pedágios que existem ao longo das estradas estaduais. Aliás, o tema deve ser alvo dos adversários ao governo tucano nos debates de televisão. "A roubalheira dos pedágios tem de acabar", critica, ao ressaltar que "contrato feito tem de ser respeitado".
Porém, o socialista dá a sugestão para o problema. "O pedágio hoje está sem solução, com custos acima do que o valor do combustível, principalmente para o trabalhador que se utiliza diariamente da estrada", afirma.
A proposta de Skaf é descontar no IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) o que se gasta com pedágios, até o limite de 50% do valor devido. "O usuário descontaria 100% do que gasta entre 0h e 7h e 50% do que paga entre 7h e meia noite", explica. Os descontos seriam destinados à parte do imposto reservado ao Estado - 50% são dos municípios.
Indagado sobre a polarização PSDB e PT, Skaf diz que a população busca renovação nas urnas. "Nas ruas, a receptividade tem sido das melhores. As pessoas dizem que vão votar em mim", confia.
Educação, Saúde e Segurança Pública também foram abordados pelo candidato, que adianta uma medida administrativa, caso eleito no pleito: "Os três secretários dessas Pastas ficarão e, salas a alguns metros da minha."
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