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Expedição tem início na Represa Billings

Parceria da SOS Mata Atlântica e USCS vai medir qualidade da água e conscientizar população

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
05/03/2016 | 07:00
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Divulgação


A Fundação SOS Mata Atlântica iniciou nesta semana expedição na Represa Billings, principal reservatório do Grande ABC. A iniciativa faz parte do projeto Observando o Tietê, que tem como objetivo mapear a situação das águas na Região Metropolitana que fazem parte da Bacia do Alto Tietê.

A ação é uma parceria com a Rede das Águas, da Fundação, e a USCS (Universidade Municipal de São Caetano). O intuito é mobilizar a população em relação à preservação da água, utilizando também a Campanha da Fraternidade Ecumênica, que une as igrejas Católica, evangélica, luterana, presbiteriana, entre outras, e chama atenção para o problema da falta de saneamento básico.

“Temos duas sociedades. Uma tem acesso regular ao saneamento e a outra, composta por grande parcela, vive na informalidade, sem acesso a esgotamento sanitário. Vamos ter que vencer esse desafio e mostrar para essa população, que muitas vezes é responsabilizada, que ela pode ajudar a despoluir a água”, afirmou a coordenadora do projeto Rede das Águas, Malu Ribeiro.

A expedição tem duração de mais seis semanas, sendo que os resultados sobre a qualidade da água devem começar a sair em abril. Todo o estudo deve ser disponibilizado em setembro, juntamente com os demais locais visitados pela expedição.

Nesta primeira semana foram analisados pontos da Billings localizados em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, nos quais a água registrou qualidade regular. “Está dentro das normas e o local pode ter usos múltiplos, como o lazer. Porém, em áreas como essas, a água deveria ser boa ou ótima, porque o entorno da Mata Atlântica está preservado. O que acontece é que a região recebe influência das chuvas, que lavam o solo das cidades e acabam levando poluição difusa para dentro da represa”, explicou Malu.

Conforme a bióloga e professora da USCS Marta Ângela Marcondes, equipes da universidade também farão uma avaliação de saúde nos moradores do entorno da represa. “Vamos perguntar sobre os tipos de doenças que essas pessoas têm e também fazer avaliação física. Além disso, as amostras coletadas vão para os nossos laboratórios, onde fazemos a avaliação biológica a fim de identificar as bactérias.”

As amostras são coletadas pelo ecoesportista Dan Robson. Nos próximos dias, a expedição deve passar por bairros de Santo André, como o Parque Miami, Diadema e São Bernardo, indo até a terceira balsa. No início de abril, a expedição começa a analisar a Represa Guarapiranga.  




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