Iniciativa é fruto de parceria com o Mercosul; 15 empresas da região deverão participar
O Focem (Fundo para Convergência Estrutural do Mercosul) irá capacitar empresas da região para atuar no mercado internacional de petróleo e gás. O projeto é resultado de parceria entre o órgão e a ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), que é ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e conta com o apoio da Agência de Desenvolvimento e do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.
Até 15 empresas sediadas na região deverão participar da ação, que custará US$ 3,9 milhões. Além do Grande ABC, a única localidade no Brasil que integrará o projeto será a Região Metropolitana de Porto Alegre (Rio Grande do Sul). No Exterior, as capacitações irão ocorrer na Argentina, no Paraguai e no Uruguai.
O coordenador técnico da ABDI, Alexandre Amissi, explica que as primeiras etapas do programa consistiram na definição de 12 empresas-âncora, que são grandes players do setor energético mundial (no Brasil, as companhias são: Total, GE, Engevix e Prumo Logística) e no diagnóstico de suas necessidades de mercado. “Vamos selecionar empresas que forneçam ou que tenham capacidade de fornecer para essas âncoras, de modo que elas possam atendê-las de maneira satisfatória”, comenta Amissi. Entre as 99 demandas apontadas pelas gigantes do setor energético estão serviços como logística, pintura industrial, manutenção de veículos, terraplanagem e estudos ambientais.
O trabalho de consultoria será executado pela Dinamus Inteligência em Negócios, contratada por meio de licitação internacional. O sócio-diretor do escritório, Glauco Nader, explica que as empresas não serão capacitadas para atender especificamente às 12 âncoras do projeto. “Mas, se tem lacunas para elas, com certeza há em outras. A ideia é prepará-las para atender a todo o setor.” A Petrobras, por exemplo, não integra o programa.
As interessadas em participar da ação têm de atender alguns requisitos, como estar sediada no Grande ABC; ter, pelo menos, cinco anos de funcionamento; ter faturamento anual entre R$ 2,4 milhões e R$ 90 milhões; ser fornecedora (potencial ou efetiva) da cadeia de petróleo e gás e não ter dívidas tributárias, entre outros requisitos.
A previsão é que o processo de escolha das empresas seja finalizado entre o fim de março e o início de abril, quando será iniciada a etapa de diagnóstico da situação das selecionadas. A capacitação deverá começar em maio e acabar em 2017. “Os participantes frequentarão oficinas com orientações que vão desde meio ambiente a contratos internacionais, além de como exportar, como gerenciar um projeto e como fazer planejamento estratégico”, salienta Amissi.
O secretário executivo da Agência de Desenvolvimento, Giovanni Rocco, avalia que, após os treinamentos, haverá ganhos em eficiência, produtividade e, consequentemente, geração de emprego e renda. Projeto semelhante foi iniciado em 2011 para capacitar a cadeia da indústria automotiva da região e está previsto para ser concluído neste ano.
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