Iogurtes duram no máximo por três horas, frios também não podem ficar por muito tempo sem resfriamento e o suco de laranja perde suas vitaminas caso seja bebido muito tempo depois de ser feito. Essas dicas são da nutricionista doutoranda do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo Cecília Lacroix de Oliveira, que dá outras dicas de balanceamento, como evitar alimentos com excesso de gordura, como salgadinhos e bolachas recheadas, que aumentam o nível de colesterol, e refrigerantes, porque são pobres em vitaminas e minerais.
Segundo ela, o lanche tem um papel importante, porque faz parte das cinco refeições recomendadas por dia, e chega a representar 20% das calorias ingeridas. A especialista explica que o cardápio deve ser balanceado e deve reunir carboidratos, minerais, vitaminas, fibras, proteínas e cálcios. Beber pelo menos 500 ml de água no período em que se está na escola também é uma recomendação da nutricionista.
“Pão, bolo e bolacha são fontes de carboidrato, que referem-se à energia. Frutas, por exemplo, são fontes de vitaminas e minerais, além de serem ricas em fibras. Com variedade, a criança tem toda sua necessidade de vitaminas atendida. Já o queijo e o leite são fontes de proteína e cálcio, importantes para a formação dos tecidos e desenvolvimento dos ossos”, disse.
“Para crianças a partir dos cinco anos, pode-se montar, por exemplo, um lanche com duas bisnaguinhas, com queijo branco ou mussarela, com requeijão ou margarina. Esse item pode ser substituído por bolacha maisena ou de água e sal, e ter como acompanhamento uma fruta, como maçã ou uva.
A babá Maria Aparecida Hara, 52 anos, que prepara as lancheiras de Rafael Eidi Kiyomoto, 4 anos, e Cristiane Yuri, 7, da Vila Linda, em Santo André, diz que tenta manter o balanceamento diário dos lanches dos garotos. “As crianças estudam em uma escola particular, que tem um cardápio, o que ajuda a gente a fazer uma escolha mais saudável e variada. Não coloco frituras e todo dia tem uma fruta e água.”
Segundo o gráfico José Carlos Rodrigues de Melo, 32 anos, morador do Jardim das Nações, em Diadema, seu filho Luís Carlos, 7, ele e sua esposa tentam fazer um lanchinho que também não prejudique a saúde da criança. “Às vezes, colocamos bolacha salgada ou doce, fruta, refrigerante ou suco de caixinha. “Na hora do recreio, os meus colegas também levam refrigerante com bolacha, mas eu sei que refrigerante não faz muito bem porque não é muito natural”, disse o garoto.
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