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Pólo cosmético supera metas de exportação
Hugo Cilo
Do Diário do Grande ABC
08/12/2005 | 08:20
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Dólar em queda e turbulências na economia não impediram que produtos Made in Diadema – das empresas do Pólo de Cosméticos – superassem com três meses de antecedência as metas de exportação e faturamento delineadas para todo o ano. A meta era exportar US$ 2,5 milhões e faturar US$ 57 milhões com as vendas internas. “Os dois parâmetros já foram atingidos em setembro”, afirma o vice-presidente do Pólo e diretor da Valmari Cosméticos, Silvestre Resende.

No embalo da boa maré do setor, o primeiro APL (Arranjo Produtivo Local) implantado em Diadema revisou os dados e passou a estimar exportações totais de US$ 2,8 milhões neste ano – 12% acima da meta definida inicialmente – e em faturamento global de US$ 62,7 milhões – 10% acima dos primeiros prognósticos feitos no início deste ano. “Mesmo com o dólar em baixa, nossos contratos de exportação mantiveram a produção do Pólo em alta, já que o câmbio fixado nos valores da época são bem maiores que os de hoje”, diz Resende.

Segundo ele, as empresas do Pólo de Cosméticos compensarão com aumento nas vendas as desvantagens da atual taxa de câmbio. “As empresas já sinalizam que no momento de renovar os contratos compensarão as perdas cambiais na quantidade exportada. Ou seja, apesar de o câmbio atual não favorecer as vendas em dólar, o ritmo de crescimento vai se manter. A tática é ganhar em volume”, completa Resende. “Não acredito em crescimento de exportações abaixo de 12% em 2006.”

Carro-chefe – A vedete da indústria regional de cosméticos em 2005 é o segmento voltado para tratamento capilar, de acordo com o coordenador do Pólo, Ricardo Fioravanti. O setor responde por 70% das exportações da APL no ano. “Apesar da concorrência, o mercado externo está bem receptivo ao setor. Além de garantir bons resultados de exportação, artigos para tratamento e acessórios para cabelos tiveram resultado positivo no acumulado de 2005”, afirma.

Fioravanti acredita que – embora os números do setor em 2005 sejam “gigantes” se comparados à performance ruim do PIB (Produto Interno Bruto) e de alguns setores da economia – o ano que vem será eufórico para a indústria da beleza. “Ano eleitoral e de Copa do Mundo favorece a economia em geral porque o dinheiro em circulação cresce de forma considerável. Isso tende a ser muito bom para o segmento de tratamento pessoal também. Por esta razão, estamos otimistas pelo que vem aí”, completa o coordenador do Pólo.

Perfil – Criado no início de 2002, com a união de 100 empresas do setor de produtos de higiene pessoal e tratamento estético da cidade, o Pólo de Cosméticos de Diadema desvencilhou-se do poder público e ganhou gestão própria em novembro do ano passado.

Assim que conquistou projeção nacional como APL, o até então inédito modelo de organização empresarial do município anunciou contratos de exportação cinco vezes maiores que os do ano anterior. O grupo ganhou força e atraiu as atenções para a necessidade de flexibilização dos modelos-padrão de gestão.

Segundo dados da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Limpeza, Perfumaria e Cosméticos), até o quarto bimestre do ano, o mercado apresentou expansão de 17,1% no país em comparação ao mesmo período de 2004.




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