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Delegado admite não haver provas da morte de Ivandel Godinho
Do Diário OnLine
Com Agências
19/01/2005 | 13:01
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O delegado titular da Divisão Anti-Seqüestro de São Paulo, Wagner Giudice, admitiu nesta quarta-feira que a polícia ainda não encontrou nenhuma prova material da morte do jornalista Ivandel Godinho. Três suspeitos foram presos e confessaram o seqüestro e morte da vítima.

Os réus confessos indicaram onde os ossos de Godinho teriam sido enterrados, em um campo de futebol no bairro de Capão Redondo (Zona Sul de São Paulo). A polícia encontrou uma ossada no local, mas exames revelaram que ela era de um animal.

Em entrevista à Rádio CBN, Giudice destacou que apesar da falta de uma prova material, a confissão dos três detidos "é muito detalhada e convincente". O delegado disse que a investigação do caso "está sendo feita com muita cautela".

Apesar de convencido da culpa dos três detidos, Giudice trabalha com a hipótese da polícia não encontrar provas do crime. "Pode ser que a gente não encontre nenhum vestígio". O campo de futebol em Capão Redondo vai ser novamente vasculhado pela polícia.

Outras três pessoas são procuradas pelo seqüestro, que aconteceu no dia 22 de outubro de 2003 na avenida Brigadeiro Faria Lima, uma das mais movimentadas da capital paulista.

A família de Ivandel Godinho ainda acredita que ele está vivo. Em uma nota distribuída nesta quarta, a família afirma que a informação sobre a suposta morte de Godinho foi divulgada de forma precipitada e leviana.

"Foi uma exposição excessiva, muito dolorosa, um sofrimento desnecessário. O que restou foi a constatação da ação inadequada das autoridades diante de uma mera confissão de três suspeitos", diz o comunicado.

Giudice destacou, por outro lado, que a confissão dos presos "vazou" para a imprensa.

Acusados- O adolescente G., 17 anos, foi o primeiro a ser detido, e apontou os outros dois comparsas: Fabiano Pavan Prado, 30 anos, e Wilson Moraes Silva, 19. Eles contaram que Ivandel tentou fugir três dias após o seqüestro e que foi espancado pelos homens que cuidavam do cativeiro, morrendo em decorrência dos ferimentos.

A polícia pediu à Justiça a prorrogação da prisão dos acusados por dez dias.




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