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‘Numa boa’, S.Paulo encara o nervoso Palmeiras no Morumbi
Raphael Ramos
e Renan Cacioli
Do Diário do Grande ABC
25/05/2005 | 08:35
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Uma batalha de opostos: nada melhor para definir o clássico desta quarta à noite, às 21h45 (Globo), no qual o favorito São Paulo recebe o desesperado Palmeiras, no Morumbi, pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores da América. A diferença principal está no resultado de 1 a 0 que o Tricolor traz da partida da semana passada, na casa do inimigo, e que lhe dá o direito de jogar pelo empate. Mas as distinções entre um e outro estão além do placar na partida de ida: desde a torcida – que nesta quarta será esmagadoramente são-paulina – até o ambiente atual de cada equipe.

A seu favor, o São Paulo tem o fato de atuar no Morumbi, onde não perde na Libertadores desde 1987. Na atual edição do torneio, o time ganhou todas as partidas disputadas em seus domínios. Se fizer um gol nesta quarta forçará o Palmeiras a marcar, no mínimo, dois para ficar com a vaga. E esse é o problema do alviverde: nos últimos cinco jogos, a equipe de Paulo Bonamigo perdeu quatro e empatou um, fazendo apenas um gol – de pênalti.

Nesta terça, o treinador palmeirense resolveu adotar o mistério na véspera da partida que denominou como “a mais importante do ano” para o Palmeiras. Ele comandou por mais de uma hora o treinamento com portões fechados na Academia de Futebol e permitiu a entrada da imprensa apenas quando os atletas participavam do rachão. “Fizemos uma conversa tática. É importante repassar algumas jogadas. Não estamos tendo tempo para treinar”, justificou.

No entanto, antes de atender aos jornalistas, Bonamigo – visivelmente irritado – fez questão de dar um recado. “Só gostaria de deixar claro que não sou de fugir de minha responsabilidade. Se não falei ontem (segunda-feira, no desembarque em Congonhas após a derrota para o Cruzeiro) não foi porque fugi. O clube tem regras”, disse.

Os jogadores também demonstraram nervosismo. Nesta terça, apenas Correa concedeu entrevistas, o restante do elenco prefere falar com a imprensa apenas após a partida desta quarta.

Do outro lado do muro, Autuori também adotou o rachão. Porém, ao invés das respostas ríspidas à imprensa e do clima misterioso do vizinho, no time do Morumbi Autuori parecia à vontade diante do confronto decisivo da Libertadores, e já adiantou que escalará a mesma equipe da semana passada. Os atletas também mostraram confiança, apesar do respeito que marca o clássico contra o rival. “A única maneira deles saírem da crise é vencendo o São Paulo”, afirmou o atacante Luizão.



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