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PT e PSDB são fiadores do conservadorismo
Por Das Agências
18/10/2010 | 07:09
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Da Agência Brasil


 

Em sintonia com os dirigentes do Partido Verde, a ex-candidata à Presidência da República Marina Silva anunciou ontem sua posição de independência no segundo turno em convenção com militantes e não militantes do partido em São Paulo.

A posição contribui com o equilíbrio do processo eleitoral, segundo ela. "No meu entendimento, expressa o que deve ser a nossa posição no segundo turno", disse.

Em rápida votação, os cerca de 160 integrantes com direito a voto do partido optaram em sua maioria pela independência. Em seu discurso, Marina criticou o velho pragmatismo que dominou a disputa política entre PT e PSDB.

A senadora leu uma carta, que será encaminhada aos candidatos José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), em que chama os dois partidos de fiadores "do conservadorismo". "A escolha se estende agora à atitude de vocês", disse Marina.

O texto acusa petistas e tucanos de travarem uma disputa "até as últimas consequências" e aderirem a um "pragmatismo sem limites". "A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz", acrescentou a verde.

Em votação simbólica, a ex-presidenciável, que recebeu 19,6 milhões de votos, referendou a posição para a nova etapa da corrida presidencial. Mesmo Fernando Gabeira, o candidato derrotado ao governo do Rio de Janeiro que contou com o apoio do tucano no primeiro turno, preferiu a independência do partido.

Individualmente, os filiados estão liberados para aderir às campanhas da petista ou do tucano. É o que Gabeira faz ao endossar a candidatura de Serra.

Candidato a vice na chapa de Marina Silva (PV), o empresário Guilherme Leal defendeu a neutralidade dos verdes no segundo turno. Ele endossou a tese na convenção do partido. Leal criticou PT e PSDB e disse que o embate direto entre Dilma e Serra "reinstalou o maniqueísmo" no debate político.

"A história não começou em 1994 nem em 2002", disse, referindo-se às eleições de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Nossa posição de independência é em torno de uma plataforma generosa", afirmou o empresário. "Seja qual for o candidato eleito, podemos continuar a atuar de maneira crítica e colaborativa."

Representantes dos deputados do PV, do Movimento Marina Silva e de igrejas evangélicas também pregaram a neutralidade.




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