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Edvaldo Santana volta à região
Gislaine Gutierre
Do Diário do Grande ABC
25/05/2004 | 18:37
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O Teatro Municipal de Santo André recebe nesta quarta, às 20h, Edvaldo Santana. O cantor, compositor e violonista volta à cidade para mostrar as músicas de seu quarto CD, Amor de Periferia e exibir mais uma vez o videoclipe Batelaje, gravado em dezembro do ano passado no Núcleo Sacadura Cabral, na mesma cidade, com o Quinteto em Branco e Preto.

O show será completo: além de exibir o clipe, Edvaldo subirá ao palco acompanhado de banda – com Luiz Waack (guitarra), Mintcho Garramone (baixo), Ricardo Garcia (percussão) e Leandro Pacagnella (bateria) – para mostrar as músicas de Amor de Periferia e outras pertencentes a álbuns anteriores, como Samba do Trem, Lobo Solitário e O Cachimbo.

Com seu trabalho, Edvaldo reforça os laços com o Grande ABC. Além do clipe Batelaje, o músico compôs um samba, provisoriamente intitulado Sacadura Cabral, no qual fala da expectativa vivida por ele um dia antes de gravar o filme.

Era sábado. O artista havia desembarcado na Barra Funda e ficou preocupado em ver o tempo nublado que persistia e que poderia vir a comprometer as gravações do dia seguinte. “Aí veio a idéia da música, na qual peço para Santa Clara clarear o dia”, diz. Coincidência ou não, no domingo o sol brilhou no Núcleo Sacadura Cabral.

A música de Edvaldo, vale dizer, é das mais ecléticas, além de popular, no bom sentido. “Não me preocupo em ser o menestrel do blues ou o rei do samba. Gosto de misturar e, mais que isso, de não me repetir, fazer o clichê do clichê”, afirma.

Recentemente, Edvaldo teve uma música sua, O Cachimbo, gravada por Arnaldo Antunes (no CD Saiba). “Num primeiro momento, foi um choque. Ele fez uma leitura mais calma, com poucos instrumentos e cantando uma oitava abaixo que eu, mas ficou bem interessante, gostei”.

O ex-Titã é um entre os artistas de grande visibilidade que se aproximam da obra do paulistano. No CD Amor de Periferia, ele contou com a participação de Lenine, Zélia Duncan, Quinteto em Branco e Preto e Nuno Mindelis.

Questionado se esse seria o prenúncio de uma entrada no grande mercado, ele diz: “Não se deve temer esse caminho, mas é preciso saber entrar e sair com dignidade. Já fui ‘boneco’ desse sistema aos 18 anos, com o grupo Matéria Prima. Agora, ficaria feliz em ver minha obra divulgada, mas não gostaria de ser exposto como lantejoula. Não sou sabonete, não sou um produto. Se for assim, não me interessa”.

Edvaldo Santana – Show. Nesta quarta, às 20h. No Teatro Municipal de Santo André – Paço Municipal, s/nº. Tel.: 4433-0789. Entrada franca.




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