Ferrari, McLaren e BMW Sauber. As três melhores equipes do ano passado chegaram a Barcelona com esperanças renovadas. Carros modificados, mudanças mecânicas e aerodinâmicas, todo o esforço do mundo para recuperar o terreno perdido para as ex-pequenas Red Bull, Williams e Brawn GP - esta, estreante, portanto, pequena de nascença.

O primeiro dia de treinos para o GP da Espanha, porém, jogou uma sombra sobre o futuro desses times. Nada deu certo. Nem Ferrari nem McLaren nem BMW Sauber chegaram perto das atuais favoritas - entre as quais se deve incluir a Toyota, que ontem, no segundo treino livre, deu-se ao luxo de preparar-se para a corrida, andando com carros pesados.

Felipe Massa foi o 15º no treino da tarde e antepenúltimo quando somados os tempos da sessão matinal. A Ferrari trocou muita coisa no carro e introduziu um difusor duplo, como aquele do trio Williams-Brawn-Toyota, que chegou a ser contestado nos tribunais, mas acabou legalizado. Kimi Raikkönen era a única voz otimista. "Ganhamos pressão aerodinâmica atrás, e era o que estávamos precisando. Acho que diminuiu nossa diferença para os carros da ponta."

Na McLaren, o clima era de velório. Seus dois pilotos usaram novos chassis. Além do carro em si, foram trocadas asas dianteiras, assoalhos, difusores e calotas das rodas traseiras. Conclusão de Lewis Hamilton: "Não adiantou nada. Para mim, nada funcionou. Vai ser difícil passar ao Q3 amanhã."

"Amanhã" é hoje, e Q3 é a parte da classificação que define o grid a partir das 9h de Brasília. Do Q3 participam os dez mais rápidos da sessão. A coisa está feia para os tradicionais bichos-papões. Logo, logo, esses times vão jogar a toalha.

A Williams fez as duas primeiras posições no treino vespertino e a Brawn GP colocou o brasileiro Rubens Barrichello em quarto e o inglês Jenson Button em sexto.

A pole, hoje, não sai do grupo que vem dominando a temporada. E pole, em Barcelona, é sinônimo de vitória. Em 18 corridas desde 1991, 14 foram vencidas por quem largou em primeiro.