Forte recuperação das ações da Petrobras na parte da tarde reforçou a valorização da Bovespa, levando-a a fechar com alta bem mais vigorosa do que a observada no mercado acionário de Nova York. Lá, as Bolsas terminaram o pregão em alta, apesar do corte dez vezes maior que o esperado nos postos de trabalho em setembro.
O dado ruim do mercado norte-americano, que potencialmente poderia derrubar as Bolsas de Valores mundo afora, teve efeito contrário. Apoiada em papéis do setor bancário e de empresas ligadas ao consumo doméstico, a Bovespa recuperou o patamar dos 70 mil pontos e fechou aos 70.808,80 pontos, alta de 1,27%. Na semana, o Ibovespa acumula expansão de 0,82%; no mês 1,99% e no ano 3,24%.
Petrobras se valorizou depois de quatro pregões consecutivos de queda e fechou na cotação máxima do dia. O papel ON subiu 2,44% e o PN avançou 2,77%, apesar de novo relatório de banco ter revisado para baixo o preço-alvo dos papéis PN da companhia. Operadores não identificaram motivo único para o retorno de Petrobras ao campo positivo. Para alguns, a valorização refletiu recuperação das fortes quedas recentes; para outros, acabou a fase de "higienização" do papel, em que aqueles que compraram ações em quantidade acima do desejado na oferta da estatal já fizeram suas vendas; outros ainda argumentam que cessou o efeito do stop loss, pois as vendas automáticas no preço a nível da oferta, principal trava adotada, já foram feitas.
As ações da Vale tiveram o desempenho prejudicado por relatório do UBS, reduzindo a recomendação para as ações, citando ingerências políticas sobre a mineradora, que devem se intensificar diante das negociações de novo código para o setor no País.
Depois de forte volatilidade durante a manhã, o mercado doméstico colou no otimismo externo e engatou queda contínua e forte no dólar, com o pronto acumulando perda de 0,66% ante o real na semana, a despeito das duas medidas que o governo tomou para conter a apreciação cambial - alta de IOF nas aplicações estrangeiras em renda fixa e aumento no prazo de antecipação de contratos de câmbio. A moeda fechou a R$ 1,66.
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