Nesta sexta-feira, dia seguinte à libertação das meninas, autoridades policiais declararam que a quadrilha é principiante em seqüestros. "Eles são pé-de-chinelo", disse o delegado Antônio de Olim, da Delegacia Anti-Seqüestro, à Rádio CBN. "A discrepância no valor do resgate, começar pedindo R$ 4 milhões e fechar em R$ 40 mil, mostra a falta de profissionalismo dos bandidos", comentou o secretário de Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho.
As duas detenções foram realizadas pelo Departamento Investigações contra o Crime Organizado (Deic). Na terça-feira passada, a polícia deteve um taxista que admitiu ter sido convidado para participar do seqüestro, embora tenha negado envolvimento no crime.
A polícia apurou ainda que a Brasília usada pelos bandidos na devolução das meninas, que foi abandonada batida num muro em Itapecerica da Serra, não é roubada.
Ação - O seqüestro aconteceu na manhã do último dia 12, na esquina da rua Raimundo Simão de Souza com a avenida Gilherme Drumond Vilares, no bairro do Morumbi (zona Sul de São Paulo). As irmãs eram levadas para a escola no Passat da família, acompanhadas da babá e do motorista, quando dois carros fecharam o veículo. Dois seqüestradores invadiram o Passat e rodaram por cerca de uma hora, antes de abandonarem a babá e o motorista em uma estação de trem. Depois disso, as três meninas e o cachorro Poodle de estimação da família foram para o cativeiro.
O primeiro contato dos seqüestradores ocorreu no próprio dia do rapto. Eles começaram pedindo R$ 4 milhões e avisaram que a polícia não deveria ser acionada. Mesmo assim a família acionou a Divisão Anti-Seqüestro, que auxiliou nos nove dias de sofrimento.
A polícia chegou a deter um suspeito. Ele negou participação no crime, mas admitiu que foi convidado. Enquanto isso, as negociações prosseguiram e os seqüestradores baixaram o resgate para R$ 100 mil. Na última quarta-feira, o executivo comunicou ao negociador da quadrilha que havia conseguido R$ 40 mil e fechou negócio. O dinheiro foi pago por volta das 20h30.
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