O casal de irmãos também moveu ação contra os PMs. O processo foi indeferido pela mesma juíza que acompanha o caso de tortura contra o grupo de cinco jovens: Eny Amioka. Atualmente, os dois aguardam parecer da Procuradoria de São Paulo. "Estamos aqui porque é um absurdo o que fizeram e, mesmo assim, se verem livres da punição. Nos autos (do processo) existem muitas provas contra eles. Tive uma costela fraturada e testemunhas que assistiram parte das torturas prestaram depoimento a nosso favor", afirmou Danilo. Ele, a irmã e amigos estavam nesta terça com o rosto pintado de preto e branco. "Não podemos nos calar contra a impunidade."
Agressores- Nesta terça, seis testemunhas de acusação levantadas pelos quatro rapazes e pela garota que dizem ter sido torturados por quatro policiais militares do 6º Batalhão da PM - Wilson Russi Schilive, Adenilson Ramos, Admison Viana de Lima e Sandro da Silva Serra -, em 18 de fevereiro, compareceram ao Fórum. "Desta vez conseguimos dar mais detalhes e contar exatamente o que eles nos fizeram", disse uma das vítimas, que preferiu não se identificar.
Os cinco jovens dizem ter sido agredidos pelos PMs depois de serem detidos sob a acusação de roubo. Eles teriam sido levados a uma base comunitária, na praça Giovanni Breda, em São Bernardo. Chutes, socos, marteladas, além de ofensas, são atribuídos aos policiais durante a sessão de tortura. "Foi a mesma coisa que fizeram com a gente", completou Cecília.
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