Depois de massacrar o União São João por 8 a 3, domingo, na Vila Belmiro, e manter-se na liderança isolada do Grupo 2 do Paulista, agora com 14 pontos, o Santos volta novamente a cabeça para a Libertadores. Embalado pela boa campanha no Estadual e pelo excelente resultado na estréia no torneio sul-americano – bateu o Jorge Wilstermann, da Bolívia, por 3 a 2, fora de casa –, o Peixe quer fazer do Guaraní (Paraguai) sua próxima vítima na competição continental, quarta-feira (21h45), na Baixada Santista.

O clube paraguaio vem de empate sem gol com o Barcelona, em casa, em sua estréia na Libertadores. Isso, porém, não diminui o respeito dos santistas pelo rival. "Não conheço nenhum adversário fácil, principalmente vindo do Paraguai. É um time que tem uma dívida com a tradição de sua terra", disse o técnico Emerson Leão, numa referência à tradicional raça demonstrada pelas equipes do país.

O lateral-esquerdo Léo segue a opinião do treinador. "Não é porque o Guaraní é uma equipe pequena que será um jogo fácil. Temos de respeitá-los e fazer o resultado dentro de campo", afirmou.

Enquanto Leão e Léo se preocupam com o Guaraní, o presidente Marcelo Teixeira não esconde sua revolta com a permanência do Peixe no grupo 2 para efeito de arrecadação dos valores pagos pela televisão. Ele se reuniu com o Clube dos 13 na sexta-feira e conseguiu convencer os dirigentes da entidade para discutir em assembléia o assunto. Ele garantiu que, caso a reivindicação santista não seja atendida, o clube já tem um parecer jurídico para buscar na Justiça os seus direitos.

"Não queremos simplesmente que o Santos entre no grupo 1, mas que seja adotado um critério justo para a apuração da receita, que contemple o número de jogos televisionados por clube, a praça em que é transmitido e o índice de audiência que o time alcança."

Segundo o presidente santista, o Corinthians tem o maior índice de audiência, de 10,4 pontos percentuais, seguido pelo Santos, com 10,2. Já o São Paulo vem em terceiro, com 8 pontos.