Em sessão televisionada do comitê orçamentário da câmara baixa, Kuroda foi pressionado por um parlamentar a explicar os custos ou benefícios da nova política, que aplica uma cobrança a bancos comerciais para deixarem recursos financeiros depositados no BoJ, numa tentativa de estimular a concessão de crédito.
Na última sexta-feira (29), o BoJ decidiu reduzir sua taxa de depósitos, de 0,1% para -0,1%.
Durante a sessão parlamentar, Kuroda foi indagado se o BoJ está disposto a cortar ainda mais a taxa de depósitos, como parte de esforços para impulsionar a inflação, mesmo que os bancos comerciais repassem o subsequente aumento dos custos a seus clientes.
"Certamente, eu não negaria essa possibilidade", disse Kuroda, em resposta à pergunta de Seiji Maehara, do Partido Democrático do Japão. Outros parlamentares presentes à sessão reagiram com surpresa à fala de Kuroda.
Em seguida, porém, o chefe do BoJ adotou tom mais ameno. "Eu não acho que haja qualquer possibilidade de que as taxas de depósitos para indivíduos fiquem negativas em nosso país", porque mesmo políticas mais agressivas de juros negativos da Europa não causaram esse problema, argumentou Kuroda.
Maehara, por sua vez, retrucou que Europa e Japão "são diferentes". Fonte: Dow Jones Newswires.
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