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Chacina em Santo André deixa quatro mortos
Andrea Catao Maziero
e Claudia Rolli
Da Redaçao
22/05/1999 | 18:58
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Quatro homens nao identificados foram encontrados carbonizados em uma Parati verde na estrada do Montanhao, Parque Miami, em Santo André, por volta da 1h30 deste sábado. Esta é a sexta chacina do ano no Grande ABC, e já sao 23 vítimas deste tipo de ocorrência na regiao desde janeiro.

De acordo com informaçoes de guardas municipais, os corpos estavam enfileirados no porta-malas no veículo, indício de que foram executados a tiros antes do carro ser incendiado. As informaçoes constam no BO 5.486 registrado no 1º DP de Santo André.

Os corpos foram encaminhados ao IML (Insituto Médico-Legal) de Sao Paulo para que radiografias fossem feitas para detalhar a causa da morte. Os resultados foram enviados ao IML de Santo André. Até as 17h, o instituto nao havia realizado necropsia nos corpos para verificar se as vítimas morreram em virtude de asfixia, queimaduras ou por tiros proferidos antes de terem sido queimados. O laudo deverá ficar pronto neste domingo pela manha, mas funcionários do local adiantaram que os quatro corpos apresentavam marcas de tiros. Nenhuma pessoa havia procurado por familiares desaparecidos até as 18h.

Por volta das 2h, o guarda municipal Valdemir Inácio estava de plantao no Grupamento Ecológico do Parque do Pedroso, quando recebeu a informaçao de um homem que passava pela estrada do Montanhao que a Parati FF-0264, de Santo André, estava pegando fogo. O guarda acionou o Corpo de Bombeiros, que, ao chegar no local, encontrou o carro ainda em chamas.

A Polícia Civil chegou em seguida ao local e fez o levantamento da placa do veículo, verificando que o proprietário da Parati seria Joao Lima da Silva, morador do Jardim Bela Vista. Guardas municipais foram até o endereço de registro da placa, mas nao localizaram o dono do veículo, e sim uma pessoa com nome parecido - J.L.S., que preferiu nao se identificar. Ele informou que recebeu duas faturas de IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) de carros, em janeiro deste ano, que nao lhe pertenciam, com nomes de proprietários parecidos com o seu. "Ninguém morou aqui antes da minha família. Comprei este terreno há dez anos, onde construí minha casa", afirmou. J. disse ter jogado fora as correspondências porque nao eram destinadas a ele e a nenhum de seus vizinhos.

Policiais civis de plantao no 1º DP da cidade nao quiseram dar informaçoes sobre a chacina. Segundo eles, a ocorrência foi atendida pelo plantao que encerrou suas atividades às 8h deste sábado. As investigaçoes, de acordo com a polícia, irao correr a partir de segunda.




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