Policiais que trabalham no Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) do Grande ABC impediram que um bebê de 1 mês morresse engasgado. Pelo telefone, a avó foi orientada e fez todo o procedimento que salvou a vida do pequeno Miguel, morador do bairro Capuava, em Mauá.

Na madrugada de quinta-feira, a mãe do menino, Graziela da Lima Costa, 17 anos, que já tinha amamentado o bebê e feito ele dormir, acordou para ver como ele estava. “Vi que ele mexia os bracinhos, muito agitado. Pensei que estava tendo pesadelos, mas ele continuou a fazer os movimentos e percebi que estava sem ar. Fiquei desesperada”, contou.

Após tentar reanimar Miguel junto com o marido, Anailton de Sá Silva, 23, ela chamou a mãe, que dormia no quarto ao lado e correu para tentar reanimar o neto. Sem sucesso, Regina de Lima Costa, 51, pediu para que o genro ligasse para a polícia. Os familiares tentaram reanimar Miguel por 20 minutos. “Foi uma coisa de Deus mesmo, porque eles atenderam na hora. Aí comecei a conversar com o sargento e ele falava: ‘Põe de cabeça para baixo, bate nas costas dele e mantenha a calma’.”

Após cinco minutos de ligação, os policiais ouviram a criança chorar, mas mesmo assim enviaram uma viatura até o endereço para que o bebê fosse levado ao Hospital Nardini, onde foi atendido e prontamente liberado.

Os responsáveis por salvar a vida de Miguel foram dois policiais militares: o soldado Eduardo Vitorino, 35, que fez o primeiro atendimento, e o sargento Luis Aparecido Bianchi, 48, que deu as orientações.

Esta não foi a primeira vez que Bianchi atendeu ocorrência do tipo. Além da experiência no Corpo de Bombeiros, ele também já ajudou a salvar uma criança de 15 dias em uma situação parecida em 2011. “Minha função é a supervisão do atendimento via 190. O soldado Vitorino recebeu a solicitação, tomou as primeiras providências e, como a situação era complicada, passou o atendimento para mim.”

Pai de dois filhos, um de 12 e outro de 15 anos, Bianchi disse ter se emocionado. “É essa parte que deixa o trabalho mais sensível, porque me coloco no lugar do pai e da mãe.”

Na tarde de ontem, o Diário acompanhou o encontro entre a família e os policiais que ajudaram a salvar Miguel. “Meu neto tem 1 mês de vida, mas ele renasceu naquele momento. Quero agradecer muito esses policiais, que foram os heróis da nossa família e nossos anjos da guarda”, disse a avó, muito emotiva.