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Vítimas de acidente em fábrica da Heineken são enterradas
Natália Fernandjes
do Diário do Grande ABC
30/01/2016 | 07:07
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Duas das três vítimas fatais de explosão em caldeira de unidade da Heineken em Jacareí, na quinta-feira, foram enterradas ontem pela manhã no Cemitério Vale dos Pinheirais, em Mauá. Luiz Machado Neto, cuja idade não foi revelada, e Altamiro Agostinho, 49, trabalhavam em empresa terceirizada e realizavam manutenção no equipamento no momento do acidente. Na tarde de ontem, Rodrigo Silva Azevedo, 29, não resistiu aos graves ferimentos e também morreu. Outro funcionário, o irmão de Altamiro, Cido Agostinho, 52, segue internado em estado grave.

Cido Agostinho teve 90% do corpo queimado com feridas de terceiro grau. Ele está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Unidade de Tratamento de Queimaduras da Santa Casa de São José dos Campos, especializada em casos do tipo. Apesar de grave, o quadro dele é considerado estável, conforme boletim médico fornecido na tarde de ontem. Ele foi socorrido pelo helicóptero Águia da Polícia Militar e encaminhado inicialmente para o hospital municipal da Vila Industrial, também em São José, de onde foi transferido para a unidade especializada. Uma quinta vítima teve apenas ferimentos leves e foi liberada no mesmo dia.

O Corpo de Bombeiros de Jacareí destacou que o auto de vistoria da sede da Heineken está dentro da validade. O prazo de vencimento seria para este ano, porém a data exata não foi informada.

Por meio de nota, a empresa destacou que “vem acompanhando o quadro dos internados e mantendo contato para garantir que todo o suporte aos envolvidos seja prestado da melhor forma possível.” A Heineken disse ainda que “está dando máxima prioridade para que as investigações possam ser finalizadas o quanto antes, e ainda não tem conclusões a respeito das causas do acidente”. A empresa esclareceu ainda que a caldeira onde houve a explosão estava inoperante desde julho e que o incidente ocorreu durante procedimento de inspeção de segurança. As atividades na unidade estão paralisadas e só deverão ser retomadas após resultado dos laudos das perícias do Ministério do Trabalho e científica, esta última devendo ser concluída em até um mês.
 




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