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Donisete pede ‘sandália da humildade’ a petistas

Prefeito exalta aliados e diz que ‘não adianta priorizar PT’ na discussão sobre vice

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
28/01/2016 | 07:00
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Divulgação


O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), rebateu ontem as críticas feitas por petistas de que o partido tem sido preterido da discussão sobre quem será seu candidato a vice na chapa à reeleição. Para o chefe do Executivo, o PT precisa calçar “sandálias da humildade” em torno do debate da composição de alianças para outubro. Donisete exaltou os partidos aliados e voltou a sinalizar preferência por abrir mão de chapa pura.

Na semana passada, o ex-vice-prefeito Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT) reclamou que Donisete não tem feito diálogo interno no PT sobre quem será seu parceiro de campanha e tem priorizado conversas com partidos da base. O ex-prefeito Oswaldo Dias (PT, 1997-2000, 2001-2004 e 2009-2012) também cobrou maior discussão com a militância petista.

“A gente tem de radicalizar o debate sobre qualquer tema, de vice e da questão das coligações, que não é um processo fácil e temos de organizar. Nós temos 12 partidos conosco, temos de ter preocupação com todos. Do que adianta se preocupar com um partido em detrimento aos demais? O conceito e a preocupação são com todos”, justificou o prefeito, após formalizar o ingresso do Pros no governo. Indicado pelo vereador Severino do MSTU (Pros), Leonildo Pereira dos Santos assumirá o comando da Hurbam (Habitação Popular e Urbanização de Mauá), em substituição ao ex-vice-prefeito Helcio Silva (PT), que foi transferido para a chefia da Secretaria de Relações Institucionais. Então mandatário da Pasta, José Afonso Pereira (PT) comandará a Comunicação.

Foi a oitava mudança no primeiro escalão feita por Donisete com intuito de acomodar partidos que tendem a integrar seu arco de alianças no pleito de outubro. O chefe do Executivo não revelou quais as próximas alterações fará no primeiro escalão, mas há expectativa de que os secretários Chiquinho do Zaíra (PTdoB, Planejamento Urbano) e Marcos Filório (PT, Segurança Alimentar) deixem o governo até março para disputar a eleição, abrindo duas vagas para o prefeito negociar com as legendas.

Oficialmente, o PT deve deliberar sobre a composição da chapa majoritária em fevereiro, após o Carnaval. Mas, nos bastidores, militantes do partido já são cotados como possíveis candidatos a vice, casos do vereador licenciado e atual superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), Paulo Suares, e da ouvidora municipal, Celma Dias, mulher de Oswaldo. “Os aliados me criticam porque eu não dialogo com eles e os petistas reclamam porque eu falo com os aliados. A vida é dura”, ironizou o prefeito.

Para intensificar a hipótese de chapa mista, as cúpulas do Paço e do PT têm costurado debate suprapartidário com aliados. 




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