O Corinthians vinha de sequência de 16 vitórias seguidas na Copa São Paulo de Futebol Júnior, desde 2014, mas derrapou quando não podia. Ontem, contra o Flamengo, no Pacaembu com 30.216 torcedores, tudo parecia corroborar para o décimo título, mas dois vacilos no segundo tempo puseram tudo a perder e o empate por 2 a 2 levou a disputa aos pênaltis. Os cariocas foram mais eficientes (4 a 3) e ergueram a taça pela terceira vez.

Em manhã ensolarada, o Corinthians aproveitou o incentivo da arquibancada para abrir vantagem. Apesar de o Flamengo ter mais a posse de bola, o Timãozinho era mais incisivo e marcou dois gols com relativa facilidade. Aos 19, Gabriel Vasconcelos girou no meio de quatro zagueiros e chutou sem força, mas suficiente para tirar do alcance de Thiago. Seis minutos depois, em rápido contra-ataque, Tocantins tocou para Matheus Pereira emendar de primeira e fazer belo gol.

A vantagem fez o Corinthians tirar o pé e o castigo veio nos oito primeiros minutos do segundo tempo. Trindade, de cabeça, e Matheus Sávio, em chute cruzado, decretaram o empate.

Nos pênaltis, Kléber e o goleiro Thiago desperdiçaram para o Flamengo, já Matheus Pereira, Gabriel Vasconcelos e Claudinho falharam pelo Corinthians e deram o título aos cariocas.

Clima esquenta no vestiário e diretor sai em defesa de Matheus Pereira

O clima esquentou no vestiário do Corinthians. Após a derrota nos pênaltis, era possível ouvir jogadores discutindo asperamente, mas ninguém quis explicar o que aconteceu. Matheus Pereira, que perdeu o pênalti ao tentar uma cavadinha, foi o último a deixar o local, escoltado por diretores, o que indica ter sido o alvo da bronca.

Coordenador técnico do Timão, o ex-lateral Alessandro saiu em defesa do meia. “Fez a escolha dele e errou. Não é tipo de cobrança que nos traz boas lembranças, mas faz parte”, comentou, em referência ao pênalti desperdiçado por Alexandre Pato contra o Grêmio, na Copa do Brasil de 2013.