Presidente da Fundação do ABC no mandato 2014-2015, Marco Antonio Santos Silva (PMDB) destacou como legado a aprovação do plano de cargos, carreiras e salários desenvolvido no período à frente da entidade regional. Essa medida aplicada e aliada às novas regras de compras são “conquistas consideradas fundamentais para o crescimento sustentável” do órgão, utilizado até então de espaço para moeda de troca política. “Objetivo é reforçar a disseminação da política de capacitação, voltada para o aprendizado contínuo, motivando as pessoas pelas possibilidades de crescimento profissional e com clareza das expectativas sobre as atividades exercidas no cargo.”

Ao assumir o posto há dois anos, Marco Antonio – indicado pelo prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), dentro do rodízio estipulado na região – adotou discurso de trabalho para despolitizar a fundação. “Tivemos total autonomia na gestão, e em nenhum momento houve qualquer tipo de ingerência política na condução administrativa da entidade”, frisou o dirigente, por nota. O peemedebista passa formalmente o bastão do comando do órgão na terça-feira para Cida Damaia, eleita por conselho interno, após escolha do chefe do Executivo de Santo André, Carlos Grana (PT).

Diante das mudanças na cúpula, Marco Antonio será deslocado ao posto de secretário-geral, enquanto Mauricio Mindrisz fica como vice de Cida.

O Orçamento global da FUABC é da ordem de R$ 2,1 bilhões. Marco Antonio falou em expansão das atividades do órgão, com a conquista de novos contratos de unidades gerenciadas. Mencionou a criação de normas para centros de estudos e contratação de mais auditores, cuja missão é atuar preventivamente junto aos núcleos, “também integram a lista de progressos”. “Em relação ao quadro de pessoal, em 2010 a fundação contava com 11.767 funcionários. Em dezembro de 2015, o número chegou a 21.738. A ampliação do quadro está diretamente relacionada ao crescimento da entidade.”

A fundação é mantida por Santo André, São Bernardo e São Caetano e detém, no âmbito regional, convênio com outras três cidades: Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – apenas Diadema fica fora do rol de parceiros. O presidente elencou que, ao todo, foram incorporados ao grupo de mantidas quatro novos equipamentos de Saúde entre 2014 e 2015: Instituto de Infectologia Emílio Ribas do Guarujá, Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário, Hospital Estadual de Francisco Morato e Hospital Municipal Central de Osasco. Também tiveram início termos em Guarulhos, Mogi das Cruzes, Caieiras, Santos e São Paulo (região de São Mateus).

Com as ações, Marco Antonio apontou evolução de recursos, registrando crescimento de 123% de 2013 para 2014, e de 17% de 2014 para 2015. Em contrapartida, atrair o Paço diademense, como forma de ampliação, era uma das metas da direção, o que não se efetivou, embora haja conversas, de bastidores, neste sentido. O presidente citou que a entidade está sempre “aberta a desenvolver parcerias com prefeituras que busquem a filosofia da gestão compartilhada”. “Esse modelo tem feito a instituição expandir, e exemplo regional está na ampliação da parceria com Mauá, em 2015, com a assinatura de novo contrato para operacionalização de todos os equipamentos de Saúde da cidade.”