Único município do Grande ABC onde há registro de dengue autóctone (contraídos na própria cidade) neste ano, Diadema está com moradores dos bairros onde foram registrados os casos em alerta. No Parque Real, por exemplo, há pessoas dando dura nos vizinhos que deixam caixas d'água destampada.
A cidade tem seis casos confirmados. Três foram contraídos no próprio município e três, importados. Há ainda outros 42 pacientes com suspeita da doença, que aguardam resultados de testes laboratorias para confirmar ou descartar os casos.
Os infectados pelo mosquito aedes aegypti foram tratados nos hospitais e depois encaminhados para UBSs (Unidades Básicas de Saúde) mais próximas de suas casas.
O bairro mais afetado é o Parque Real onde as vítimas são uma mulher de 20 anos, moradora da Rua do Fico, e um homem de 50, residente à Rua Carlos Lamarca.
Segundo a educadora da Vigilância à Saúde de Diadema Elizabete Granada, 38, as ações de prevenção estão sendo feitas. "Todos os dias agentes da Saúde visitam casas de diversos bairros para orientar a população". explicou.
Apesar disso, os moradores da Rua do Fico estão temerosos. A dona de casa Adriana Queiroz, 36, contou que já chegou a deixar um bilhete na casa do vizinho porque ele deixou a caixa d'água aberta. "Alguém tem de alertar né! Isso não pode acontecer. Enquanto ver coisa errada vou ficar no pé dele", relatou.
Denise Feitosa, 29, que tem uma mercearia na mesma rua, reclama de um local que virou ponto de descarte de lixo na calçada. São depositados material orgânico e garrafas PET, entre outros dejetos. "Os moradores não têm conciência que o lixo que eles jogam pode provocar a dengue", desabafou Denise.
Cidade é a que mais sofre com a doença
Levantamento feito junto às prefeituras do Grande ABC mostra que Diadema é o município que mais sofre com a doença desde 2006. O único ano em que não houve registros autóctones foi 2009.
Em 2006, a cidade registrou três doentes que contraíram dengue no próprio município. Em 2007, foram mais três casos autóctones e em 2008, um.
Outra cidade em que a doença já assustou bastante é Mauá, que teve 12 contaminações por mosquistos originários do município em 2008. Foi nesse ano também que Santo André registrou o último caso autóctone. Em São Bernardo isso aconteceu em 2005. São Caetano informou que há mais de cinco anos não tem casos autóctones. FR
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