Quatro atletas e um técnico de taekwondo acabaram excluídos da Copa do Brasil de 2015
Quatro atletas e um técnico de São Caetano se envolveram em confusão no fim de semana, em João Pessoa, na Paraíba, durante a disputa da Copa do Brasil e da Seletiva Aberta de taekwondo para os Jogos Olímpicos. De acordo com BO (Boletim de Ocorrência) obtido pelo Diário, eles agrediram o lutador William Matias, 21 anos, que defende São Vicente, pouco antes do início da competição, no sábado. Todos estavam na capital paraibana para representar a equipe de São Paulo.
Por volta das 16h30, Matias estava aguardando ser chamado para a competição quando três atletas de São Caetano – Gustavo Almeida (titular da Seleção Brasileira), Nickollas Ribeiro e Diego Daibert – se aproximaram para tirar satisfação, segundo Matias, sobre uma possível difamação contra alguns atletas do Grande ABC durante gravação de um comercial para uma montadora que patrocina a Olimpíada, o que ele nega ter ocorrido.
Durante a discussão, mais dois são-caetanenses – André Bilia (titular da Seleção) e Rafael Valério, técnico do time – chegaram. Segundo o documento, Matias tentou se desvencilhar, mas foi acertado por uma rasteira de Bilia. A partir daí, Valério lhe deu uma cabeçada e socos que deixaram um hematoma no nariz e uma luxação no polegar da mão direita. Teria sido só quando Marcelo Todaro, coordenador da equipe de São Caetano, chegou ao local que a situação teria se acalmado e a polícia, chamada. Todos foram levados para a delegacia e, posteriormente, acabaram excluídos da competição.
“Fico triste não só por mim, mas pelo esporte. A filosofia da arte marcial vai contra agressão”, afirmou Matias. “Fiz vaquinha para conseguir participar e tinha de dar uma resposta para quem me ajudou. Não pude competir e fui prejudicado”, lamentou o atleta.
O Diário tentou contato com Marcelo Todaro, mas as ligações não foram atendidas. Os atletas não foram encontrados para comentar ou se defender do assunto.
A CBTKD (Confederação Brasileira de Taekwondo) afirmou que ouviu os envolvidos e enviou o caso para o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). A Fetesp (Federação de Taekwondo do Estado de São Paulo), responsável pela equipe estadual, não se pronunciou sobre o caso.
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