Cerca de 51% das empresas de materiais de construção consideraram o desempenho da indústria brasileira como boa em janeiro; 2% avaliaram como muito boa, outros 42% dos empresários acreditam que o primeiro mês deste ano teve desempenho regular e o restante (cerca de 5%) considerou o período ruim. É o que indica a sondagem de expectativas da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção.

Para fevereiro a expectativa geral continua apontando para bom desempenho, com aumento do otimismo (soma de bom e muito bom) para 62,7%, redução da expectativa regular para 32,6% e permanência da expectativa ruim em 4,7%.

Quanto às projeções, 75% das indústrias do setor pretendem investir nos próximos 11 meses - aumento em relação a dezembro, cuja pretensão foi de 68%.

REDUÇÃO - O primeiro termômetro do ano mostra ainda queda na utilização da capacidade industrial, atingindo 84% na média das empresas contra 87% em janeiro de 2011. "O resultado indica que a indústria de materiais ampliou sua capacidade de produção num ritmo superior ao crescimento da demanda observado em 2011. Esta tendência deverá ser mantida em 2012, garantindo o abastecimento normal do mercado" comenta Walter Cover, presidente da Abramat.

Por outro lado as expectativas com relação às ações do governo para o desenvolvimento do setor cresceram. Em dezembro, apenas 44% das indústrias estavam otimistas, mas neste mês o número subiu para 50%. "Pleitear junto ao governo a continuidade das medidas anticíclicas que possam garantir um crescimento esperado do setor é a nossa principal preocupação. Nosso objetivo ainda é a desoneração fiscal, políticas de defesa comercial e a aceleração das grandes obras sociais, como o PAC 2 e o Minha Casa, Minha Vida", conta Cover.