Economia Titulo Fim de ano
Busca por bares sobe até 30%
Marina Teodoro
Do Diário do Grande ABC
12/12/2015 | 07:22
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Divulgação:


Com a aproximação do fim do ano, as confraternizações também começam a acontecer. Muitas empresas aproveitam a data para celebrar com seus funcionários em bares e restaurantes da região. Neste ano, embora as reservas estejam quase esgotadas (com datas disponíveis apenas para os primeiros dias da semana), e alguns estabelecimentos apontem crescimento de 30% em relação ao ano passado, a receita não deverá ser muito maior.

“Apesar de termos tido um fim de ano de 2014 muito bom, percebemos aumento de cerca de 30% nas reservas, se comparado ao ano anterior”, afirma o proprietário do Seu Figa, em Santo André, Vagner Neri da Silva, 47 anos.

Entretanto, o faturamento não deverá superar o mesmo do período passado. “As pessoas estão gastando menos e, se considerarmos alguns reajustes nos preços, o resultado deve se igualar ao de 2014”, analisa Silva.

A aposta do bar foi em campanhas de divulgação em redes sociais, além do retorno das companhias que frequentaram o espaço em 2014. “Percebemos que 70% do nosso público voltou.”

As opções para grupos que queiram fechar pacote variam de R$ 65 a R$ 85 por pessoa, incluindo opções de comida e bebida.

Outro espaço em Santo André que também está positivo quanto à demanda neste ano é o Fonte Leone Bar. “Desde o inicio do mês a procura aumentou muito, hoje só temos algumas vagas às segundas e terças”, afirma o proprietário, Sergio De Bessa, 24.

De acordo com Bessa, a demanda por reservas só não apresentou alta significativa devido à limitação do espaço. “A procura pode ficar estável, mas nosso faturamento deve subir de 10% a 15%, devido ao aumento da inflação e de impostos.” O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) atingiu 10,48% nos 12 meses encerrados em novembro, o que não ocorria há 12 anos. 

Os pacotes pré-estabelecidos apresentam opções com chope e porções de petiscos. Os valores ficam em R$ 45 sem bebida e R$ 90 com bebida. A casa também aderiu ao Peixe Urbano para divulgar bufê executivo ou feijoada por R$ 39 – pensando em grupos menores.

Apesar da crise, muitas pessoas não abrem mão da comemoração. A esteticista Sandhra Pelegrini, 36, de Mauá, se reuniu com outras 40 funcionárias do salão de beleza em que trabalha, e elas mesmas fizeram a reserva em um restaurante. “A empresa não pôde dar a festa, então nós mesmas nos organizamos. Uma pena é que nem todos puderam participar”, conta ela. A celebração ficou R$ 60 para cada um, com direito a duas bebidas e comida à vontade no Tendall Grill.

CRISE - Há quem não teve a mesma sorte com as reservas. O Brasa Bar, em São Bernardo, percebeu queda de 30%. “Até o fim do mês, devemos diminuir esse índice para 15%, mas, ainda sim, não vamos conseguir recuperar a demanda de 2014”, afirma o gerente, Paulo Paschoalini Pinto, 42, que também administra o Liverpool, na mesma cidade, onde a demanda recuou 20%.

“Com a crise, o primeiro gasto a ser cortado é com festas. Ainda mais em nossa cidade, que está sendo atingida com força pelas dificuldades vividas pelas montadoras e autopeças”, complementa o gerente. Para dar uma força na divulgação, o Liverpool também conta com as compras coletivas do Peixe Urbano para vender porção de contrafilé argentino, frango e linguiça por R$ 34,90 para até seis pessoas.

Mesmo com a queda na procura, o faturamento não deve perder para o ano anterior. “A inflação subiu bastante, então, em números, o valor será o mesmo. Mas o lucro para a empresa certamente será menor.”

PLANO B - A solução encontrada por um grupo que, neste ano, não teve a famosa “festa da firma” devido aos cortes nos custos foi organizar um churrasco entre os amigos.

O coordenador de projetos Raphael Tenório, 26, de Diadema, foi quem preparou a confraternização. “O valor foi justo: R$ 60 por pessoa, com comida e bebida à vontade, valeu a pena e ainda ficamos mais à vontade.” 




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