A Câmara de São Caetano aprovou ontem, em definitivo, o Plano Diretor Estratégico. Em últimas sessões do ano – ordinária e extraordinária – os parlamentares apreciaram a medida e derrubaram cinco emendas da oposição são-caetanense.

O projeto recebeu votos contrários de Beto Vidoski (PSDB) e Fábio Palacio (PR), que reclamaram de “falta de debate” em torno da medida. “Aos olhos de quem vê (o projeto) de fora, pensa que está pronto. Mas há sérios problemas a serem resolvidos e que esse plano não contempla”, criticou Palacio, que se queixou do fato de a medida ter chegado às pressas na Casa – o projeto foi protocolado há duas semanas.

Líder do governo, Jorge Salgado (Pros) entrou em embate com o republicano, alegando que houve tempo hábil de o parlamentar estudar a medida e questionar o projeto durante as audiências públicas, realizadas em todo o ano.

Considerado estratégico para a definição dos rumos do espaço urbano para os próximos dez anos, o Plano Diretor define diretrizes urbanísticas na cidade para o período 2016-2025. A medida ficou para a última sessão do ano porque o Legislativo teve de priorizar a votação da LOA (Lei Orçamentária Anual) para o próximo ano, já que, pelo regimento interno da Casa, a peça orçamentária tem de ser discutida reservadamente, em sessões exclusivas.

Para garantir que o texto fosse aprovado, o secretário de Governo, Nilson Bonome (PMDB), compareceu à sessão e acompanhou a votação. “Foi uma vitória do governo. A oposição tem de se agarrar em algum argumento, mas vim à sessão justamente para prestar esclarecimentos caso algum parlamentar tivesse dúvidas”, discorreu.