Política Titulo São Bernardo
Oposição realiza protesto no Paço, mas Sindserv empossa Chagas

Comissão valida reeleição do atual presidente, apesar de sumiço de urna

Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
02/12/2015 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Integrantes da chapa 2 do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo protestaram na tarde de ontem, no Paço, no mesmo dia em que a comissão eleitoral deu posse a novo mandato do atual presidente da entidade, Giovani Chagas. A oposição reclama de sumiço de urna, enquanto a situação alega que aqueles votos não fariam diferença no placar final.

A panfletagem foi feita por militantes da oposição bem em frente à saída de funcionários do prédio da administração. Folhetos distribuídos pelo candidato Marcelo Siqueira apontavam irregularidades no pleito. “Acredito que a decisão será revertida e teremos outra eleição. A situação a que fomos expostos foi surreal. Nos impediram de fazer a fiscalização e não nos deixaram entrar com câmeras ou tirar fotos”, afirmou Marcelo Siqueira. Apesar do clima de tensão, não houve briga entre oposicionistas e poucos apoiadores da chapa de Chagas.

Além do sumiço da urna 22, a oposição também reclama da truculência de filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores), que apoiavam a reeleição de Chagas e expulsaram advogados escolhidos pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) para acompanhar o pleito – apesar dos problemas, a entidade não vai contestar. “Fizemos boletim de ocorrência e agora vamos recorrer à Justiça”, disse Siqueira.

Durante a manifestação, o secretário de Serviços Urbanos e pré-candidato do governo Luiz Marinho (PT) na eleição municipal de 2016, Tarcisio Secoli (PT), saiu do prédio do Prefeitura e foi abordado por manifestantes. Ao ver o movimento, ele voltou para o Paço. Depois de algum tempo, um dos militantes com a camisa da chapa 2 conversou Tarcisio. “Não falei nada relacionado à eleição do sindicato, só cobrei ele sobre um buraco que precisa ser arrumado no meu bairro”, despistou o servidor, que não quis se identificar.

A entrega de panfletos também foi marcada por discussões de militantes dos dois grupos. Os servidores que deixavam o Paço recebiam informativos das duas chapas.

A eleição realizada na semana passada foi a segunda do ano. A comissão eleitoral invalidou o primeiro pleito, de setembro, quando grupo que fiscalizava o processo apontou existência de votos fantasmas. Na oportunidade, a chapa de Siqueira venceu por 51 votos. 




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