Política Titulo Ribeirão Pires
Saulo recua e decide reajustar IPTU apenas no índice da inflação

Pressionado por vereadores, prefeito opta por não impor aumento de 15% no tributo

Caio dos Reis
Especial para o Diário
01/12/2015 | 07:00
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Prefeito de Ribeirão Pires, Saulo Benevides (PMDB) recuou e não irá reajustar o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) em 15%. O projeto que previa o incremento foi retirado da pauta do Legislativo. Agora, o reajuste será apenas o da inflação do período, cerca de 10%.

“Conversamos com o prefeito e chegamos a um consenso. Era melhor o reajuste apenas da inflação para não gerar um desgaste dele e dos vereadores também”, alegou o presidente da Casa, José Nelson de Barros (PSD).

Na semana passada, o Executivo enviou o projeto para aumentar o tributo. Saulo defendeu as medidas, alegando defasagem de impostos e benefício futuro ao cidadão. “O aumento real é de apenas 5%, levando em conta a inflação de quase 10% do período. O estimulado se dá pelo baixo reajuste feito nos últimos anos, desvalorizando a PGV (Planta Genérica de Valores, base de cálculo do IPTU), que acabou ficando muito defasada. No fim, esse reajuste acaba até sendo bom para a população, que vai ter o imóvel valorizado”, disse Saulo, justificando o acréscimo.

O vereador Gabriel Roncon (PTB) revelou que pressão dos vereadores foi fundamental. “A gente pressionou e conversou com ele para esse reajuste de 15% não existir. Passamos por situação delicada e ajustar apenas a inflação é o mais justo”, explicou o parlamentar.

Correligionário do chefe do Executivo, Rubens Fernandes, o Rubão (PMDB), afirmou que incremento de 15% era muito alto. “Todas as cidades têm feito o acerto de acordo apenas com a inflação. Seria injusto um aumento de 15%. Explicamos a situação e ele preferiu rever”, disse.

O aumento das taxas de iluminação e fiscalização foi aprovado pelo Legislativo. No caso da cobrança de fiscalização, uma emenda foi colocada. “O pagamento da taxa pode ser feito em três parcelas, amenizando a situação das pessoas. É taxa que precisava ser atualizada”, justificou Gabriel Roncon, autor da emenda ao lado de Eduardo Nogueira (SD). 




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