Em Paris, o protesto havia sido organizado por grupos ambientalistas, desafiando a ordem do Ministério do Interior. Em razão dos atentados perpetrados por terroristas do grupo Estado Islâmico, que deixaram 130 mortos e 350 feridos, as autoridades proibiram grandes aglomerações em Paris - uma forma de reduzir o risco de novos ataques.
Contrariando a orientação, os grupos ecologistas organizaram um protesto pacífico na Praça da República, em Paris, espalhando pares de sapatos, que simbolizavam os manifestantes proibidos de se reunir. Ao final do evento, entretanto, um grupo de centenas de militantes "zadistas" entraram em choque com as tropas de choque. Tratam-se de radicais ambientalistas, espécie de "black blocs" que defendem o ecologismo e o anticapitalismo na França e usam a violência como forma de contestação das autoridades.
Segundo o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, 174 pessoas foram presas.
"Estes atos devem ser condenados com a maior dureza possível", criticou o presidente da França, François Hollande, que classificou os incidentes como "escandalosos". Mesmo nos meios ambientalistas europeus, a violência da manifestação causou indignação. Líder do partido Europe Ecologie, Cécile Duflot, ex-ministra do Meio Ambiente, definiu a ação dos militantes "zadistas" como "desastrosa". "Eles não têm nada a ver com a ecologia, nem com a COP-21", afirmou.
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