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Irã lança novo modelo de contrato de petróleo para atrair mais investimentos
28/11/2015 | 18:14
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O Irã lançou neste sábado um modelo aprimorado para seus contratos de longo prazo para o desenvolvimento do petróleo. A iniciativa é destinada a atrair investimentos estrangeiros, uma vez que as sanções internacionais forem suspensas sob um acordo nuclear alcançado neste ano. O governo iraniano disse ainda que as empresas norte-americanas seriam bem-vindas a participar.

O novo modelo de contrato substitui um modelo anterior no qual os contratantes pagam os custos de investimento iniciais em troca de receitas provenientes do petróleo produzido sob o acordo. O Irã adoçou os termos do novo modelo, na esperança de trazer US$ 30 bilhões em novos investimentos. Os novos contratos, a serem executados nos próximos 15 a 20 anos, permitem a recuperação integral dos custos. Os contratos mais antigos eram de curto prazo, e os investidores se queixavam de riscos pesados e de perdas que sofriam.

Cerca de 50 projetos de petróleo, gás e petroquímica estão sendo introduzidos durante uma conferência de dois dias em Teerã, que começou hoje. O Irã vai pagar taxas maiores às companhias de petróleo estrangeiras no âmbito dos novos contratos para fornecer maiores incentivos para os investidores. O ministro do Petróleo, Bijan Namdar Zanganeh, disse na conferência que, sob os novos contratos, os investidores estrangeiros serão obrigados a formar uma empresa conjunta com um parceiro iraniano para realizar a exploração, desenvolvimento e operações de produção.

Mahdi Hosseini, um alto funcionário encarregado dos novos contratos, disse na conferência que o novo modelo é uma tentativa de reparar as relações do Irã com o mundo industrializado. O Irã espera atrair mais de US$ 150 bilhões em investimento estrangeiro em cinco anos para reconstruir sua indústria de energia, que tem sofrido com sanções. Membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Irã exporta atualmente 1,1 milhão de barris de petróleo bruto por dia e espera voltar ao seu nível "pré-sanções", de 2,2 milhões, alcançado pela última vez em 2012.

Sanções internacionais sobre a indústria do petróleo do Irã foram reforçadas em 2012 em razão do controverso programa nuclear de Teerã. As nações ocidentais, liderados pelos EUA, já suspeitavam que Irã buscava secretamente construir armas nucleares, acusações que foram negadas por Teerã, que insiste que o programa é para fins pacíficos. Sob o acordo alcançado em julho com os EUA, o Reino Unido, França, Alemanha, Rússia e China, o Irã vai frear suas atividades nucleares em troca da suspensão das sanções.

Zanganeh disse na semana passada que o Irã vai exportar um adicional de 500 mil barris de petróleo por dia após a suspensão das sanções, provavelmente no início de 2016, para recuperar a sua participação de mercado, apesar dos preços baixos. Fonte: Dow Jones Newswires




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