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Ex-funcionários da Febem ameaçam greve de fome
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23/06/2005 | 08:10
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Cento e vinte ex-funcionários da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) acamparam nesta quarta em frente à Assembléia Legislativa de São Paulo para pedir a readmissão dos 1.751 funcionários demitidos em março. Por volta do meio dia, o grupo foi recebido pelo deputado estadual Antonio Mentor (PT). Oitenta e três manifestantes garantiram que iriam fazer greve de fome até que o governo estadual acatasse a decisão judicial. Na última sexta-feira, a Justiça determinou que do total dos funcionários demitidos, 743, que têm mais de três anos de casa, fossem readmitidos ou afastados com remuneração.

A Febem entrou com uma ação de defesa pedindo esclarecimentos quanto a decisão, mas adianta que nenhum será reintegrado.

“Não vamos sair daqui até que o Estado tome uma decisão justa. Queremos voltar para a instituição”, afirmou Antonio Gilberto da Silva, diretor do Sindicato dos Funcionários da Febem.

No início da manhã, o sindicato emitiu nota afirmando que o protesto seria feito em frente ao Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, na zona Sul, mas depois remarcou para a Assembléia. “Fizemos isso para despistar a polícia.”

Os manifestantes foram impedidos pela polícia de entrar no prédio da Assembléia com colchonetes e cobertores. Não houve conflitos com a polícia.

Agressão – O segurança Cristiano Aparecido Araújo, 26 anos, que trabalha na unidade 1 do Complexo Tatuapé da Febem, na zona Leste da capital, teve uma das pernas quebradas ao ser jogado por um grupo de menores de cima do telhado de outra unidade durante um tumulto.

Após uma tentativa de fuga, 40 menores das unidades 20 e 23 deram início ao tumulto no final da tarde de terça-feira. O segurança, ao tentar auxiliar homens do grupo de apoio conhecido como “Choquinho” durante o tumulto, foi vítima dos adolescentes e teve de ser levado ao pronto-socorro do Tatuapé. A família de Cristiano acusa a Febem e o hospital de descaso no atendimento ao funcionário.



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