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Agressão marca 2º dia de pleito no Sindserv

Advogado da chapa de oposição em S.Bernardo
relata empurrão e suspeita de violação de urnas

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/11/2015 | 07:40
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Claudinei Plaza/DGABC


O segundo dia de eleição à presidência do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Bernardo foi marcado por acusações de agressão por parte de integrantes da chapa de oposição, liderada por Marcelo Siqueira. Advogado que auxilia o bloco oposicionista, Horácio Neto (Psol) relatou ter sido empurrado na sede da entidade durante a madrugada de ontem para averiguar suspeita de violação de urnas guardadas.

Horácio disse que, às 2h50 de ontem, representantes da chapa 2 (de oposição) afirmaram ter visto duas pessoas vasculhando as urnas no depósito. Lacres de segurança estavam violados, mas não se sabe se os votos do primeiro dia foram rasurados. Em seguida, Horácio chegou ao local. Comentou que lá estava o presidente da comissão eleitoral, Juscelino Messias Filho, e que houve bate-boca e troca de acusações.

“Então, senti alguém me empurrar por trás, nem vi quem era. Começaram a gritar ‘some daqui’. Um me empurrou da escada. Só não cai porque tenho a perna forte”, afirmou Horácio, que ontem registrou BO (Boletim de Ocorrência) e acionou a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) sob alegação de cerceamento do direito de sua atividade profissional.

Por conta da confusão, a subsecção da OAB de São Bernardo designou o advogado José Moreira Salata para acompanhar a apuração – que não havia terminado até o fechamento desta edição. Salata declarou que o clima à noite era de tranquilidade e que “esperava que tudo transcorresse na maior calma”.

Horácio também reclamou que a comissão eleitoral colocou carros com documentação irregular para transportas urnas itinerantes. Um dos veículos foi apreendido em blitz e só foi substituído duas horas depois. “Houve falta de vontade e que atrapalhou a votação de gente”, afirmou ele, insinuando favorecimento à chapa situacionista, encabeçada por Giovani Chagas, candidato à reeleição.

Chagas, por sua vez, rebateu as acusações. Alegou que a comissão eleitoral é formada por integrantes das duas chapas, conforme rege o estatuto da categoria. “Não reconheço favorecimento, sinceramente”, afirmou o dirigente, dizendo ter ficado “sabendo da briga” na madrugada com Horácio Neto, mas que não tinha “presenciado”.

Eleição acontece novamente depois de antiga comissão eleitoral encontrar fraude na vitória de Marcelo Siqueira em setembro, por diferença de 51 votos. O grupo alegou existência de votos fantasmas, mas o bloco de oposição classificou a atitude como golpe. A ala de Chagas está no comando do Sindserv há oito anos. 




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