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Escolas ocupadas ficam sem bônus em 2016

Estado alega não ser possível calcular benefício
nas 22 instituições que não realizaram o Saresp

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
27/11/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Servidores das 22 unidades de ensino ocupadas por estudantes na região em forma de protesto contra a reorganização imposta pela Secretaria de Educação do Estado perderam o direito de receber bônus no próximo ano, já que as escolas não participaram do Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), realizado na terça e quarta-feira. O desempenho dos alunos na mais importante avaliação da rede é usado como base para o cálculo da gratificação.

Neste ano, o Estado repassou R$ 3,9 milhões aos trabalhadores de 17 escolas que hoje estão ocupadas no Grande ABC em forma de premiação. O número corresponde a 5,8% do volume total de gratificações pago aos 17,7 mil funcionários da rede em 2015 – R$ 66,6 milhões.

Em todo o Estado, as 174 unidades que estão em poder dos estudantes receberam R$ 30,6 milhões em recursos, pagos em duas parcelas: março e setembro. No total, 232 mil servidores da rede estadual receberam R$ 1 bilhão em bônus neste ano. O valor da gratificação varia conforme o desempenho das escolas no Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação).

Para a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o corte anunciado pela Secretaria Estadual da Educação corresponde à retaliação ao movimento estudantil. A entidade afirma ainda que a medida não traz preocupação, já que discorda do método. “É uma tentativa de intimidar e de jogar professores contra os alunos. Mas o bônus nunca foi considerado algo fundamental para nossa categoria. Defendemos a incorporação do montante ao salário e reajuste real”, explica o coordenador do sindicato em Diadema, Antônio Jovem.

Além dos educadores, também são contemplados diretores, supervisores, professores-coordenadores, agentes de organização escolar e de serviços escolares, assistentes de administração, secretários de escola e demais profissionais da Educação. A equipe recebe de acordo com a média obtida pela unidade na avaliação. Dirigentes regionais e supervisores ganham pela média das escolas de suas áreas de atuação.

As ocupações nas escolas da rede foram iniciadas no dia 9 de novembro, pela EE Diadema, na cidade. Desde então, o número não para de subir. Santo André é o município com maior adesão ao movimento: 11 unidades, seguida por Diadema (quatro), Mauá (três), Ribeirão Pires (três) e uma em São Bernardo.

 

Unidades de ensino chegam a ganhar até R$ 528,8 mil em gratificação

 

A EE Profª. Wanda Bento Gonçalves, em Santo André, recebeu R$ 528,8 mil em gratificações pagas aos funcionários. Na mesma cidade, foram beneficiados servidores das EE Prof. Nelson Pizzotti Mendes (R$ 455,4 mil), EE Prof. José Augusto de Azevedo Antunes (R$ 4.087), EE Prof. José Carlos Antunes (R$ 187,8 mil), EE Valdomiro Silveira (R$ 117,3 mil), EE Dr. Américo Brasiliense (R$ 82,5 mil), EE Senador João Galeão Carvalhal (R$ 131 mil), EE Prof. Oscavo de Paula e Silva (R$ 371,9 mil), EE 16 de Julho (R$ 308,8 mil) e EE Parque Marajoara 2 (R$ 214,9 mil).

Em Diadema, receberam o bônus as EE Diadema (R$ 281,5 mil), EE Homero Silva (R$ 129,6 mil) e EE Prof. Delcio de Souza Cunha (R$ 124,4 mil). Já em Mauá, servidores das EE Maria Aparecida Damo Ferreira (R$ 336,6 mil) e EE Profª. Marta Terezinha Rosa (R$ 481,6 mil) foram beneficiados. Em Ribeirão Pires, a gratificação foi paga às EE Santinho Carnavale (R$ 126,1 mil) e EE Profª. Leico Akaishi (R$ 70,5 mil).




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