Membros do Comitê de Ulemás (a mais alta autoridade religiosa da Arábia Saudita), presidido pelo grande mufti, criticaram a guerra no Afeganistão, dizendo que ela põe em risco a vida de "irmãos muçulmanos".
"Posso dizer que, apesar de numerosos sauditas não aprovarem os atentados contra os Estados Unidos nem os atos de Osama Bin Laden, eles se opõem veementemente à guerra contra o Afeganistão", assinalou um analista em Riad. O povo saudita é "muito religioso é não se pode esperar que apóie a matança de outros muçulmanos. Acredito que o sentimento contrário à guerra aumentará durante o ramadã", acrescentou a fonte, que pediu para não ser identificada.
O ramadã, que este ano começa quinta ou sexta-feira, é um período de orações que prescreve o jejum num período diário entre o alvorecer e o pôr do sol, e festividades à noite.
O islã não proíbe oficialmente a guerra durante o ramadã. Foi durante esse mês que o profeta Maomé conquistou Meca, no ano 630. Mas também é nesse período que o sentimento de solidariedade aos muçulmanos do mundo, principalmente afegãos, iraquianos e palestinos, é mais forte, e que o conceito de guerra santa e sacrifício está particularmente presente.
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