O ministro russo da Defesa, Sergueï Ivanov, deixou a entender, durante discurso no ministério da Defesa presenciado pelo presidente Vladimir Putin, que a Rússia poderia, se fosse preciso, atacar primeiro. "Não podemos excluir um uso preventivo da força, se os interesses da Rússia ou suas obrigações com seus aliados assim o exigirem", avisou o ministro russo, aprovado por Putin.
O ministro fez menção de novas ameaças sofridas por Moscou, como a intervenção de países ou organizações estrangeiras na política interna da Rússia, e a instabilidade em países vizinhos, causada pela fraqueza de seus governos. O ministério da Defesa não acusou diretamente os Estados Unidos, destacando, ao contrário, que Moscou desejava uma cooperação ampliada com os Estados Unidos nos setores político, militar e econômico.
"A Rússia luta pelo fortalecimento do sistema de direito internacional, e tenta conseguir uma maior cooperação com os países estrangeiros no setor da segurança, mas isso não significa que deva renunciar a desenvolver seu potencial de defesa", estimou Vladimir Putin, avisando em seguida, que o país dispõe de reservas significativas de mísseis estratégicos terrestres que são os mais ameaçadores
Moscou e Washington concordaram em reduzir seus arsenais nucleares estratégicos em dois terços, em novo acordo de desarmamento assinado em maio de 2002. O objetivo é chegar até 2012 entre 1.700 e 2.200 ogivas, contra cerca de 6.000 atualmente.
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