Apesar da crise, Ministério das Cidades deu aval a repasse de recursos para financiar projetos do PAC para as sete cidades
Apesar da crise econômica e do deficit no Orçamento da União, o Ministério das Cidades indicou repasse ainda neste ano de R$ 26,4 milhões para o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC por meio de investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Mobilidade às sete cidades. A garantia foi dada ontem, em reunião na Capital entre as prefeituras da região, a equipe da Caixa Econômica Federal e o dirigente da Pasta federal, Gilberto Kassab (PSD).
A transferência de recursos deverá ser avalizada no dia 11 de novembro, quando Kassab tende a retornar ao Consórcio para assinar os contratos. O aporte financiará 21 projetos de engenharia para os sete municípios e faz parte da segunda etapa de intervenções do PAC Mobilidade.
Há expectativa negativa de que os cortes anunciados pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT) atinjam as verbas federais já apalavradas com a região, reduzindo o montante. Ao todo, R$ 1 bilhão foi prometido ao Grande ABC.
De acordo com o secretário-executivo da entidade regional, Luis Paulo Bresciani, o ministério já fez a sinalização de que as propostas compromissadas no âmbito local deverão ser cumpridas, mas haverá necessidade de os prefeitos intensificarem a cobrança junto ao Planalto para tirar os projetos do papel. “É importante (manter) relação com (o ministério da) Casa Civil e (a Secretaria de) Relações Institucionais – hoje secretaria de Governo – para viabilizar a vinda de todos os recursos relacionados à região. Devemos buscar estabelecer um canal direto (com o governo federal) para garantir não só as verbas do OGU (Orçamento Geral da União), mas como os financiamentos e o repasse via emendas (parlamentares)”, frisou.
CALENDÁRIO
Presidente do Consórcio, o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), afirmou que a intenção é de colocar em prática os projetos englobados dentro do pacote de transferência até o fim do ano, uma vez que a licitação para contratação de empresa que tocará as intervenções se encerrou. O tucano também ressaltou a busca por auxílio junto a outros ministros de Dilma.
“O cenário não é animador do ponto de vista econômico, porém a gente tem esse objetivo de procurar marcar uma agenda com o Jaques Wagner (PT, Casa Civil) e com o Ricardo Berzoini (PT, Governo) visando tirar do papel todos os nossos projetos”, frisou Maranhão.
Do Grande ABC, apenas Rio Grande da Serra já utiliza recursos federais, no projeto de construção de corredores de ônibus, orçado em R$ 41 milhões. “Fiquei feliz porque tive a confirmação de que as obras no nosso município não serão paralisadas”, discorreu. Até agora, o Planalto liberou R$ 7 milhões.
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