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Capital libanesa amanhece tranqüila após onda de violência
Da AFP
26/01/2007 | 11:24
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Depois de um violento dia, a calma parece que voltou a Beirute nesta sexta-feira. Na última quinta-feira, sunitas e xiitas se enfrentaram e deixaram pelo menos quatro mortos e mais de 150 feridos e reavivaram o medo de que estoure uma nova guerra civil no Líbano.

Os choques entre xiitas e sunitas foram registrados na tarde desta quinta feira em vários bairros da capital libanesa de maioria muçulmana. A violência desta gravidade não tem precedentes desde a guerra civil (1975-1990)

Um cessar-fogo foi instaurado pelo exército a partir das 20h30 de quinta-feira até às 6h desta sexta-feira. Uma hora após o toque de recolher, o primeiro no Líbano desde 1996, a circulação era normal no centro da capital e algumas lojas começavam a abrir suas portas.

No bairro de Zokak al-Blat, cenário de grande parte da violência da véspera, apenas a presença de latas de lixo tombadas e incendiadas, assim como de blindados do exército parados nos cruzamentos lembravam os incidentes do dia anterior.

Armazéns e padarias abriam suas portas, mas todos os estabelecimentos de ensino de Beirute permanecem fechados até segunda-feira por decisão do ministro da Educação.

A explosão de violência entre sunitas e xiitas começou 48 horas após a greve geral organizada pela oposição, durante a qual também foram registrados choques.

A oposição exige uma reforma ministerial para obter direito de veto no governo de Fuad Siniora, depois de cinco ministros xiitas e um pró-Síria renunciarem em novembro de 2006. Desde então o país enfrenta uma grave crise política e econômica, que resultou esta semana em sangrentos enfrentamentos.

A imprensa libanesa fez um alerta nesta sexta-feira sobre o risco de uma nova guerra civil, e fez um apelo a todas as partes para que se esforcem a fim de evitar esta situação. "O Líbano está sob um levante. Pouco importa quem é responsável. Pouco importa quem começou os enfrentamentos. O que precisamos é de uma solução política rápida e de um governo de união nacional", avaliou o jornal de oposição Ad-Diyar.

Enquanto o Líbano sofre as conseqüências da instabilidade política e social, a comunidade internacional renovou, em Paris, seu apoio a Siniora e prometeu uma ajuda de US$ 7,6 bilhões, durante a conferência de ajuda internacional ao Líbano realizada na última quinta-feira.



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