O diretor da Motorola destacou que, embora exista uma discussao acirrada sobre os possíveis danos à saúde por causa do aparelhos que irradiam freqüências, nada ficou comprovado. "Quanto maior a frequência, como existe no Raio-X, existe a possibilidade de maior dano à saúde", afirmou ele. Hilton Mendes destacou, porém, que o telefone celular trabalha em uma freqüência 10 bilhoes de vezes menor do que a do Raio-X. Outro problema dos equipamentos de radiografia, disse ele, é que o Raio-X funciona com uma potência muito grande, bem maior do que a do celular.
"Até hoje nao se chegou a uma mínima ameaça de que o telefone celular causasse danos ao organismo", enfatizou Mendes. Para ele, a irradiaçao de uma antena de uma emissora de TV pode ser maior do que a de um celular. O diretor também nao vê problemas na instalaçao de estaçoes rádio-base (ERBs), que transmitem as ligaçoes, perto de áreas habitadas. "Ninguém vive em cima de uma estaçao, talvez a irradiaçao de uma ERB seja comparada a de uma TV", explicou. No entanto, ele reconhece que a televisao nao é geradora de irradiaçao, enquanto o celular foi fabricado para isso.
Mendes afirmou ainda que trabalha a uma distância de 100 metros de uma estaçao de celular. "A irradiaçao causada por essa ERB é a mesma do monitor do meu computador", afirmou ele.
A recomendaçao de que o celular nao seja usado em postos de gasolina, explicou Hilton Mendes, é porque o contato do aparelho com a bateria poderia causar alguma faísca em um ambiente com névoa de gasolina, causando combustao. "Nao utilizar o celular próximo a bomba de gasolina pode ser uma preocupaçao exagerada", disse ele, "mas se existe o mínimo perigo, nós passamos a recomendaçao ao cliente".
Nao existem problemas em se utilizar capas de couro ou de plástico em aparelhos celulares, explicou o diretor da Motorola. Porém, ele ressaltou que nao devem ser usadas capas de metal para celulares, porque elas funcionam como uma blindagem impedindo a irradiaçao das freqüências. A conseqüência da blindagem, explicou Mendes, é que ela exige que os aparelhos e as estaçoes rádio-base trabalhem com uma potência maior. Além disso, podem distorcer os sinais dos celulares, causando interferências e quedas nas ligaçoes.
Hilton Mendes lembrou que a utilizaçao de equipamentos de transmissao por freqüência nao é nova. Os primeiros walk-talkie surgiram durante a II Guerra Mundial. Mendes afirmou ainda que a Motorola, originalmente produzia walk-talkie, e que há cerca de 30 anos fabrica aparelhos celulares.
A principal recomendaçao da Motorola, disse ele, é de que os usuários nao utilizem equipamentos que nao sejam originais e leiam o manual dos aparelhos, para usá-los corretamente.
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