Terminou sem acordo a primeira rodada de negociações da campanha salarial do setor de autopeças. As mobilizações continuam até amanhã, quando deverá ocorrer uma nova reunião entre os dirigentes da Federação dos Sindicatos dos Metalúrgicos e os representantes das empresas do setor.
A federação pleiteia maior reajuste nos salários, após a rejeição da primeira proposta feita pela entidade patronal, que apontava um aumento real de 1,5%.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC pretende alcançar resultado semelhante ao conseguido no grupo das montadoras, de 3,6%.
Diante do impasse nas negociações, a bancada patronal sugeriu uma nova rodada de negociações antes da execução do aviso de greve, enviado na última sexta-feira.
Outra reivindicação da categoria é a criação do Fundo de Formação Cidadã e a liberação dos funcionários ao menos um dia por ano, sem descontos no salário, para a realização de cursos de formação profissional.
Nesse aspecto, segundo a assessoria da entidade, as negociações estão bastante avançadas.
A próxima reunião está marcada para amanhã, dia 10 de setembro, às 15h.
CONTEXTO
As mobilizações estão entre as estratégias do sindicato da região para estimular outras entidades a participar da campanha salarial em todo o País.
Os principais motivadores são a alta rotatividade e a diferença entre os salários praticados em São Paulo e em outras partes do País, onde os funcionários podem receber até três vezes menos.
Segundo os dirigentes dos Metalúrgicos do ABC, células sindicais em todo o Brasil aguardam os resultados das negociações no Sudeste como referência.
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