Política Titulo INTERVENÇÃO
PP cogita Wilson Bianchi ao Paço, mas sonda aliança

Executiva estadual fará nominata na comissão de Santo André e trata forma de composição

Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
19/10/2015 | 07:00
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O PP de Santo André cogita lançar o empresário Wilson Bianchi à Prefeitura em 2016, recém-filiado aos quadros do partido. O nome do ex-postulante a vice-prefeito na chapa de Raimundo Salles (PPS) de 2008, então no DEM, tem sido fomentado, nos bastidores, após a executiva estadual da legenda indicar intervenção na comissão provisória municipal, sugerindo Bianchi na presidência. A direção da sigla, no entanto, mantém sondagens a pré-candidatos ao Paço ao tratar de composição com outras forças políticas, sinalizando que a proposta majoritária seja balão de ensaio.

Há sete anos, a dobrada de Salles com Bianchi rendeu o terceiro lugar na eleição, com 19% dos votos, contra 21% de Aidan Ravin (PSB), que foi para o segundo turno e venceu a concorrência contra o PT. Caso o plano atual progressista ganhe capilaridade, a candidatura do PP ao Executivo vingaria depois de 16 anos de hiato no município. O último pleito se deu em 2000 com Celso Russomanno, hoje deputado federal pelo PRB.

A nominata da nova comissão deve sair nos próximos dias, formalizando a dissolução da municipal, com aval do presidente paulista do PP, o deputado federal Guilherme Mussi. Vice-presidente da provisória, Vanderlei Milani afirmou que “está acertado” com as instâncias superiores apresentar projeto solo. “A direção nos deu carta branca. Com este cenário, fizemos convite ao Bianchi para figurar a eleição e estamos montando chapa (proporcional)”, disse, sem descartar reeditar aliança com Salles. “Há possibilidade (de acordo).” Teve tratativas também com Aidan e Paulinho Serra (PSDB).

Bianchi admitiu ter assinado a ficha de filiação no PP, após deixar o PDT. Evitou, contudo, se alongar sobre a empreitada ao Paço. “Está muito longe para já pensarmos em eleição. Vamos discutir isso mais adiante. Tem muita água para rolar por baixo da ponte. Agora é momento de agregar, tomar posição e juntar forças.” Sobre eventual apoio, ele falou que estas condições não estão agora colocadas. “Não existem impossibilidades de caminho.”

O empresário já encabeçou chapa majoritária em 2004, pelo PMDB à época, ficando também na terceira colocação (6,15% dos sufrágios), em eleição praticamente plebiscitária, entre João Avamileno (PT) e Newton Brandão (PSDB, morto em 2010) – o petista faturou a disputa no segundo turno ante o tucano. Dois anos depois, em 2006, ainda pelas fileiras peemedebistas, postulou vaga de deputado estadual. Obteve 15.287 adesões do eleitorado nas urnas, votação insuficiente para assegurar cadeira na Assembleia Legislativa. 




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