Atualizada às 14h57
Em greve pelo nono dia, os bancários fecharam ontem 252 agências na região, o equivalente a cerca de 63% dos 400 postos de atendimento espalhados pelas sete cidades. O número é maior do que o registrado na terça-feira, quando 227 unidades mantiveram as portas fechadas. As informações são do Sindicato dos Bancários do ABC.
A entidade assegura que também houve aumento na adesão ao movimento grevista de anteontem para ontem: passando de 4.150 para 4.525 trabalhadores de braços cruzados. Os bancos da região empregam cerca de 7.000 pessoas.
Inicialmente concentrada nas regiões centrais, a paralisação chegou ontem a bairros como Riacho Grande e Rudge Ramos, em São Bernardo, e Vila Pires, em Santo André.
Segundo o sindicato, alguns bancos adotaram estratégia conhecida como contingenciamento – trabalhadores da Capital foram trazidos para atuar em agências do Grande ABC para substituir os grevistas. A entidade alega que o mecanismo configura prática antissindical e diz já ter protocolado denúncia junto aos órgãos fiscalizadores.
Sem reunião marcada para negociação entre as partes, a greve chega hoje ao décimo dia. A categoria reivindica reajuste de 16%, sendo 5,7% de aumento real e 9,88% de reposição da inflação no período de 12 meses até agosto. A proposta dos banqueiros prevê elevação salarial de 5,5% mais abono de R$ 2.500.
Os trabalhadores também exigem PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários nominais mais R$ 7.246, enquanto os bancos ofereceram 90% do salário mais R$ 1.939, limitado a R$ 10.402.
ATENÇÃO - Os clientes devem ficar atentos ao prazo de vencimento das contas, pois a greve não irá justificar eventuais atrasos. Para acertar as faturas, o consumidor pode utilizar correspondentes bancários, internet ou caixas eletrônicos.
Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
Segundo o Sindicato dos Bancários, no 10° dia de greve da categoria a adesão já chega a 100% em Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Também estão fechados postos de atendimento bancário na Volkswagen e Mercedes Benz.
Os profissionais reivindicam melhores condições de trabalho, fim do assédio moral, saúde e segurança, além de 16% de reajuste, com inflação e aumento real, porém, são oferecidos apenas 5,5% pelos banqueiros, o que não contempla a inflação atual.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.