Situado na América Central, o país oferece mais do que conexão para locais do Caribe; o Panamá tem, além do canal que une dois oceanos, praias, segurança, construções históricas e muita beleza.
Quando se pensa em América Central, pode ser que o Panamá não seja a primeira coisa que vem à cabeça. Mas há muito do país pelo mundo, seja na música do Van Halen que leva o nome do destino, seja por seu famoso canal que une o Mar do Caribe ao do Pacífico ou também pelos tradicionais chapéus. A verdade é que o Panamá passa longe de ser local que serve apenas como conexão a outras preciosidades do Caribe. Banhada pelas águas do Atlântico, a capital, Cidade do Panamá, é destino certo para quem quer mergulhar na história, cultura e ver de perto a mistura entre ares coloniais e prédios imensos que rasgam o céu.
Fundada em 1519 por Pedro Arias Dávila, a Cidade do Panamá foi o primeiro local habitado pelos espanhóis na área do Oceano Pacífico. E para começar o passeio, nada melhor do que entender melhor toda essa história. Panamá La Vieja comporta as ruínas das primeiras habitações dos povos locais. O ingresso, que dá direito ao museu também (www.panamaviejo.org), custa cerca de R$ 40. Do alto da torre da igredá para avistar o oceano e boa parte da cidade, rodeada por montanhas e muito verde.
Mas um dos lugares mais bonitos atende pelo nome de Casco Antiguo (www.cascoviejo.com). A região é a segunda construção da cidade e ergueu-se depois que o pirata Henry Morgan saqueou a região, hoje conhecida como Panamá La Vieja, em 1671. Com ares coloniais, o espaço – que está sendo restaurado – é todo colorido. Casco Antiguo é florido, arborizado, repleto de praças e de muita vida, tanto diurna quanto noturna. Fundado em 1673, o hoje Patrimônio Histórico da Humanidade é a pedida certa para quem gosta de caminhar sem pressa. Cafés, restaurantes e bares se misturam a pequenas lojinhas que vendem de tudo: chapéu Panamá, colares indígenas, cartões-postais, bolsas e copinhos para beber o tradicional rum Abuelo.
Ruas estreitas guardam segredos como a igreja de São José. Pequenina e repleta de ouro, foi erguida em 1675. Se o calor estiver forte, sente-se em um dos bancos da Plaza de la Independencia e admire a beleza da Catedral Metropolitana de Panamá, cuja construção terminou em 1796. Por dentro, os vitrais impressionam. Aproveite para se refrescar tomando uma das tradicionais raspadinhas de gelo – maiores que as do Brasil – dos vendedores ambulantes.
Passear pela beira-mar, batizada Cinta Costeira, também é opção agradável. Apesar de não ser boa para banho de mar é ótima para caminhadas, pedaladas, namoro ou apenas desfrutar da paisagem. Também à beira-mar, mais precisamente na Avenida Balboa, há apetitoso chamariz: o Mercado de Mariscos, com peixes e frutos do mar fresquinhos o tempo todo. Aberto das 6h às 17h, todos os dias (menos segunda), o local oferece a opção de comprar o peixe em uma de suas bancas e levar a um dos restaurantes locais para o preparo.
Cidade que cresce para o alto
A capital do Panamá é exótica junção entre o passado e o futuro. Tudo impressiona, em especial os altos e luxuosos prédios, alguns com 30 andares ou mais. O coração é o centro financeiro, que tem duas avenidas principais, a Via Espana e Calle 50. Muitos bancos e hotéis estão por toda a parte.
Uma das opções para se instalar é o luxuoso hotel Royal Sonestam, rodeado por bares e restaurantes. Perto dali, há o Hotel Panamá, um dos mais antigos da cidade. Também na área comercial está o hotel Bristol. Aconchegante e com quartos grandiosos, é dono de um dos mais charmosos restaurantes da cidade, o Sal Si Puedes, com comida típica.
Atração à parte é o Hard Rock Hotel. Para quem gosta de música, é museu a ser explorado. Roupas usadas por Elvis Presley e o ex-Beatle George Harrison, além de luvas da Madonna, podem ser vistos em seus corredores. Quem gosta de museu realmente está bem servido: são mais de dez. Além do Biomuseu, que explica do surgimento do Panamá, de seus animais e povo (www.biomuseopanama.org), há também o Museu de Arte Contemporânea (www.macpanama.org).
Outra coisa que não falta na capital panamenha é shopping. Tem muito. Para quem quer comprar sem medo, a dica é ficar no Hotel Tryp Albrook Mall, que faz conexão com shopping de mesmo nome e que soma mais de 700 lojas. Mas não se anime muito: tudo lá é em dólar norte-americano.
MAIS DO PANAMÁ
COMO IR: A Copa Airlines conta com 24 voos semanais partindo de São Paulo. A viagem dura cerca de sete horas e os bilhetes custam em média R$ 1.200.
VISTO: Não é necessário para brasileiros por até 90 dias.
CLIMA: No Panamá faz calor o ano todo (cerca de 30ºC) e são comuns rápidas chuvas de abril a novembro.
MOEDA: A moeda oficial é o balboa, mas o que se usa de fato é o dólar norte-americano.
ATENÇÃO: Muitas coisas são mais caras no free shop do aeroporto internacional do que na cidade.
PREÇOS: Garrafa de água mineral de 250 ml: R$ 4; almoço em restaurante de hotel: R$ 80.
FUSO HORÁRIO: Duas horas a menos que o horário de Brasília.
ZONA FRANCA: Da Cidade do Panamá, partem trens para Colón, cidade onde não se aplica imposto sobre mercadorias.
Uma das pratas da casa é o rum Abuelo. De perfume doce e sabor delicado, a bebida, produzida por empresa familiar, é uma das mais tradicionais no país e sua história teve início há quase um século. É 100% panamenho. Existem quatro tipos de runs, o mais barato, Añejo, custa cerca de R$ 32. Ainda há o 7 Anõs, 12 Anõs e Centuria.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.