Atualmente, para um carro brasileiro entrar no mercado colombiano, é cobrada uma tarifa de importação de 16%. Exportações acima da cota fixada serão tarifadas. O vice-presidente da Anfavea, Antônio Sérgio Melo, disse ao jornal "O Estado de S. Paulo" que o acordo dará condições mais favoráveis para o Brasil competir no mercado colombiano. Ele destacou que a Colômbia já tem outros acordos automotivos com países como Estados Unidos, México e Coreia, além da União Europeia.
"É fundamental que o Brasil participe desse mercado. O acordo é oportuno e permitirá que a indústria brasileira tenha maior participação no mercado colombiano. Está se criando condições mais favoráveis", disse. "É um bom passo. É um caminho que estamos seguindo para ampliar nossa participação em outros mercados", completou.
A Colômbia é o terceiro maior mercado da América do Sul e pode significar um alívio para o setor neste momento de queda nas vendas no mercado doméstico e encolhimento no comércio bilateral com a Argentina. A demanda na Colômbia gira em torno de 300 mil a 350 mil veículos por ano e o País ainda tem uma indústria automotiva em desenvolvimento, com capacidade de produção em torno de 120 mil unidades.
Segundo o acordo, as montadoras terão que cumprir uma exigência mínima de uso de peças regionais. No primeiro ano, 9 mil unidades brasileiras terão que ser fabricadas com 50% de insumos locais e 3 mil veículos, com 35% de conteúdo regional, para terem direito à tarifa zero. Para a Colômbia, a exigência é inversamente proporcional: 9 mil carros devem ter 35% de conteúdo regional e 3 mil, 50%.
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