Política Titulo Ribeirão Pires
Oposição pleiteia principais cargos na CPI da Saúde

Articulador de documento, Rubão quer presidir comissão ou ter relatoria de grupo que vai investigar área em Ribeirão

Caio dos Reis
Especial para o Diário
29/09/2015 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Um dos principais articuladores do requerimento da CPI da Saúde em Ribeirão Pires, o vereador Rubens Fernandes da Silva, o Rubão (PMDB), afirmou que a oposição quer os principais cargos na comissão: presidência e relatoria. Presidente da Câmara, José Nelson de Barros (PSD), disse que a definição será tomada apenas depois do dia 10 de outubro.

“Passamos os trâmites para a assessoria jurídica particular da Câmara, que vai cuidar do caso para eles nos orientarem sobre os próximos passos. Na quarta-feira (amanhã) vou me encontrar com eles e espero definir tudo depois do dia 10”, relatou Zé Nelson.

Correligionário do prefeito Saulo Benevides (PMDB), Rubão declarou que é um dos nomes que disputam a presidência. “Eu quero (a presidência) e estou confiante. Já falei com o Zé Nelson e acredito que vou conseguir. Devemos conversar em breve para uma definição”, projetou Rubão.

Por outro lado, Zé Nelson despistou sobre os possíveis nomes que irão integrar os cinco cargos da comissão. “É uma definição da mesa diretora, não apenas minha. Então, a gente ainda vai se reunir e conversar para chegar numa decisão. Até o momento, sei do interesse do Renato (Foresto, PT) e do (Edson Savietto) Banha (PDT) em presidir a comissão”, alegou o presidente da Casa.

Além de Zé Nelson, completam a mesa diretora o vice-presidente Jorginho da Autoescola (DEM), a primeira secretária, Diva do Posto (PR), segunda secretária, Cleo Meira (PTN) e o terceiro secretário, Banha.

Segundo o presidente, a opção por não usar o setor jurídico da Casa para cuidar do caso foi política. “Não quero nem posso misturar a CPI com política. Alguns integrantes do jurídico daqui estão ligados a partidos políticos, então, para não correr esse risco optei pela assessoria particular”, explicou o vereador.

O governo Saulo tenta obter controle total da CPI da Saúde, depois de ver fracassada articulação para reduzir força da oposição na investigação legislativa. O objetivo é evitar que a apuração, às vésperas de ano eleitoral, enfraqueça possível projeto de reeleição do peemedebista em 2016.

A sessão que garantiu o aval à CPI da Saúde foi marcada por polêmicas políticas e confronto na plateia. Do lado de fora, populares protestaram contra ação da GCM (Guarda Civil Municipal). Os guardas, em ação truculenta, utilizaram spray de pimenta em manifestante que já estava imobilizado. O homem ameaçava atirar pedra na sede do Legislativo.

No plenário, os nove vereadores da situação articularam plano de apresentar documento de CPI mais branda. Entretanto, a manobra falhou e o documento dos demais vereadores de oposição acabou sendo aprovado de forma unânime.

A investigação engloba contratos da Secretaria da Saúde com a FUABC (Fundação do ABC) e Santa Casa, qualidade do serviço prestado, motivos da falta de médicos, processo de licitação para construção de Hospital Municipal e as causas que provocaram o fechamento da Farmácia Popular, por exemplo. 




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