Política Titulo Diadema
Filippi frustra PT e refuta candidatura

Ex-prefeito de Diadema garante que decisão não está atrelada a citação na Operação Lava Jato

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
17/09/2015 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O ex-prefeito de Diadema José de Filippi Júnior (PT) frustrou a cúpula do petismo local ao assegurar na terça-feira, na sede do diretório, que não tem pretensão de encabeçar projeto próprio da legenda na eleição do ano que vem. A cidade hoje é administrada pelo rival Lauro Michels (PV). O verde derrotou a sigla em 2012, depois de seis mandatos à frente da Prefeitura.

Em reunião da executiva petista com a bancada de vereadores, no bairro Piraporinha, Filippi descartou que a decisão esteja atrelada ao fato de ter sido citado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga esquema de corrupção na Petrobras para financiar campanhas eleitorais. O ex-chefe do Executivo foi mencionado pelo delator Ricardo Pessoa, preso e dono da empreiteira UTC, como um dos que receberam recursos de propina. Ele nega, mas terá de prestar esclarecimentos à CPI da Petrobras.

Para os petistas presentes no ato, Filippi cravou que não almeja mais concorrer ao cargo, após acordo com familiares. Além disso, sustentou que o partido tem de preparar nova liderança local. Para a eleição de 2016, defendeu que os vereadores José Antônio da Silva e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho – que colocaram os nomes à disposição da legenda para chapa majoritária –, trabalhem para conseguir consenso entre os militantes.

O anúncio do ex-prefeito decepcionou a cúpula da legenda, que tinha a expectativa de sentenciar projeto para o pleito municipal. Os petistas estavam confiantes em ter Filippi como postulante, principalmente após o chefe do Executivo da Capital, Fernando Haddad (PT), citar que sua exoneração era por motivação eleitoral. No mês passado, Haddad substituiu Filippi na Pasta de Saúde pelo ex-ministro Alexandre Padilha (PT), justificando que a troca se dava pela candidatura a prefeito em Diadema.

Antes desta situação, Filippi teve o nome defendido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que manifestou desejo em vê-lo na concorrência pelo Paço, após derrota do PT para Lauro. As afirmativas do ex-prefeito deixaram o diretório sem posição definida. A sigla decidiu manter o seu nome como eventual candidato ao lado de Maninho e Zé Antônio.

Houve também discussão sobre o formato da candidatura e o presidente municipal da legenda, o ex-prefeito Mário Reali, e a maioria defenderam composição pura (chapa majoritária formada somente por petistas). Filippi evitou comentar a discussão.

Em outro item, o partido rejeitou em definitivo a possível migração do deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT), que tem atuação em São Bernardo, para liderar plano da legenda na sucessão municipal. 




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