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Etec Júlio de Mesquita faz 80 anos

nstituição técnica mais antiga da região passa a oferecer ensino a distância a partir deste ano; unidade é referência de Educação de qualidade

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
15/09/2015 | 07:00
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Ari Paleta/DGABC


Sinônimo de instituição tradicional e que oferece ensino de qualidade, a Etec (Escola Técnica) Júlio de Mesquita, em Santo André, completa hoje 80 anos de sua inauguração. A mais antiga instituição do tipo na região mostra também que está acompanhando a evolução da sociedade e inova ao oferecer, a partir deste ano, três opções de formação técnica a distância: Administração, Comércio e Secretariado.

Conforme explica o diretor Luis Saito, a formação tende a beneficiar a população que não tem tempo de frequentar as aulas. “O aluno se inscreve no site, paga taxa de R$ 30 e baixa todo o material para estudar. Ao fim de cada módulo, ele faz uma prova e recebe certificado de técnico ao fim do curso”, destaca. As inscrições vão até o dia 2 de outubro.

Eleito pelos alunos, Saito se orgulha de ter sido professor da Etec Júlio de Mesquita por cerca de 13 anos. “Meu objetivo é transformar a unidade em referência também em outras áreas que não só Eletrônica”, destaca. Além de ostentar o título de melhor instituição pública no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em 2014, a escola se destaca em premiações devido a trabalhos elaborados pelos estudantes como projetos de conclusão de curso. Foi, inclusive, a vencedora da oitava edição do Desafio de Redação do Diário, em 2014, com a aluna Larissa Mylene Alecrin Conti.

O diretor demonstra criatividade e empenho frente aos problemas do dia a dia. “Criei o conceito de intercâmbio cultural com outras Etecs para que a gente possa conhecer equipamentos tecnológicos mais novos que não temos”, observa. A medida é aprovada pelos alunos, já que, segundo eles, esta é a única questão em que a Etec deixa a desejar.

Para o jovem Daniel Rodrigues, 17, aluno do 3º ano do Médio integrado ao Técnico de Eletrônica, a escolha pela instituição se dá pela referência de ensino de qualidade. “Temos atmosfera diferente. É uma escola que acolhe os alunos e nos torna pessoas mais responsáveis e com autonomia”, revela o futuro engenheiro ambiental. A opinião é compartilhada pelo colega Gabriel Ribeiro, 18. “É uma experiência que colabora inclusive para a formação do nosso caráter.”

O empenho dos cerca de 2.800 estudantes, que passam por concorrido vestibulinho para ter acesso ao Ensino Médio que pode ou não ser integrado à Educação técnica (são 11 opções de curso), é ressaltado pela mais antiga docente da unidade, Eliane Aparecida Grande, 64. “Além do subsídio da direção e colegas professores, meu aluno é o que me impulsiona a querer estar aqui todos os dias”, garante. Embora tenha se aposentado em 2001, 25 anos após ter iniciado sua carreira como professora de Geografia na instituição, ela não tem planos de abandonar a sala de aula. “Aqui é a extensão da minha casa.”

Criada em fevereiro de 1935 e inaugurada em setembro do mesmo ano na Rua Campos Sales, no Centro, a então Escola Profissional Dr. Julio de Mesquita nasceu com o propósito de formar mulheres nas áreas de corte e confecção, Química e desenho profissional para atuar nas indústrias da região. Em 1936, começaram a funcionar os cursos de Mecânica, Desenho e Tecelagem destinados aos homens, na Rua Xavier de Toledo, também no Centro. O prédio atual da instituição, na Rua Prefeito Justino Paixão, só foi construído em 1948 pela Prefeitura. A escola passou a ser administrada pelo Estado em 1955 e a integrar o Centro Paula Souza em fevereiro de 1982.




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