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Blair garante cooperação nas áreas social e econômica
Do Diário OnLine
30/07/2001 | 14:11
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O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o presidente Fernando Henrique Cardoso estreitaram as relações bilaterais entre seus países nas questões sociais e econômicas na primeira visita oficial do premiê ao Brasil. Blair afirmou em entrevista coletiva com FHC que deveria ter vindo ao país “há muito tempo” e parabenizou o presidente pelo progresso do país, dizendo que o Brasil “vai assumir seu lugar entre as nações do mundo”.

Blair e FHC assinaram no Palácio do Planalto um termo de revisão do plano de ação conjunta entre os dois países, que, originalmente foi assinado em 1997. Na revisão, foram incluídas duas novas áreas prioritárias para atuação conjunta entre Reino Unido e Brasil: questões sociais e eliminação da pobreza, e gestão pública.

Entre as cooperações que deverão ocorrer na área social, as duas autoridades citaram os setores de tele-medicina e educação à distância, além de cooperação no combate à AIDS.

Crise energética - O premiê britânico afirmou que o Reino Unido está interessado em ajudar o Brasil no setor de energia elétrica, principalmente no desenvolvimento de formas alternativas de geração de energia. Segundo Fernando Henrique, uma empresa britânica, a British Gas, pretende construir um novo gasoduto em São Paulo.

Alívio de barreiras - Tony Blair disse que o Reino Unido poderá rever as barreiras tarifárias e fito-sanitárias aos produtos agrícolas brasileiros. Segundo ele, a decisão poderia influenciar os demais países da União Européia a também liberar os produtos brasileiros.

"Vejo com muito prazer o avanço das negociações entre o Brasil e a União Européia. Esse processo envolve o desafio de abrir os mercados, principalmente para os produtos agrícolas", afirmou Blair.

O Brasil é atualmente o maior parceiro comercial do Reino Unido na América Latina.

Argentina - As duas autoridades manifestaram apoio ao ajuste fiscal que será promovido na Argentina. Segundo Fernando Henrique, a Argentina está tomando medidas duras, mas sérias e necessárias. Ele ressaltou que espera que o mercado entenda o esforço argentino e que o contágio entre os mercados seja impedido. “É necessário ter mecanismos que cortem os fenômenos chamados de contágio, às vezes, meramente retórico, mas que têm efeitos práticos na economia dos países”, disse. O presidente acrescentou que 'os especuladores perderam terreno para o avanço na Argentina'.

Blair afirmou que o presidente Fernando de la Rúa e o ministro da Economia, Domingo Cavallo, tomaram as medidas certas para salvar a economia do país.




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