Casemiro foi morto com um tiro nas costas e outro na mao. O soldado, lotado no 7º Batalhao, no centro, foi autuado por homicídio no 44º Distrito Policial de Guainases e encaminhado ao Presídio Militar Romao Gomes, na Zona Norte de Sao Paulo.
Segundo o major Renato Penteado Perrenoud, chefe do Setor de Comunicaçoes da PM, Pinheiro alega que teria confundido o policial ferroviário com um assaltante. "Ele disse que foi abordado por cinco homens, um deles armado, enquanto outro teria tentado imobilizá-lo, e, como pensou que fosse um assalto, atirou." De acordo com ele, o soldado responderá a inquérito na PM pelo crime e pela utilizaçao da arma fora do serviço.
Tanto Pinheiro quanto Casemiro estavam à paisana no último vagao da composiçao da CPTM, que partiu da Estaçao Estudantes, em Mogi das Cruzes, com destino ao Brás. O crime ocorreu pouco antes de o trem chegar à Estaçao de Guaianases, na Zona Leste.
Na noite desta sexta, Casemiro integrava uma equipe de cinco policiais ferroviários que trabalhavam à paisana. Segundo os colegas da vítima, o grupo já havia percorrido quase toda a composiçao e, quando passava para o último vagao, avistou Pinheiro com revólver em punho. Assim que ele disparou, atingindo o policial ferroviário na mao e nas costas, os demais entraram em luta corporal para tentar dominá-lo.
O trem chegou à Estaçao de Guaianases e Pinheiro conseguiu se desvencilhar dos quatro. Correu na direçao de uma guarita de segurança, gritou que era um policial e estava sendo vítima de assalto. O policial ferroviário, que era casado e pai de dois filhos, foi levado ao hospital local, onde morreu.
O presidente do Sindicato dos Policiais Ferroviários Federais, Edson Lima de Menezes, disse que o último e o penúltimo carros costumam ser os mais perigosos. "Como PM, ele deveria saber que os crimes geralmente ocorrem nesses vagoes."
Na opiniao do representante do sindicato José Cícero de Almeida Brás, falta preparo aos policiais ferroviários. "Nao temos cursos de reciclagem há cinco anos e está cada vez mais perigoso trabalhar nessas condiçoes", reclama. O presidente do sindicato afirma que vai solicitar audiência com o governador Mário Covas para exigir melhores condiçoes de trabalho e segurança para os 202 policiais ferroviários.
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